Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza operação para investigar laudos falsos de laboratório envolvido em transplantes com órgãos infectados por HIV

Mandados de prisão e busca são cumpridos em ação que apura emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Saleme, responsável por exames clínicos e patológicos para o sistema público de saúde.

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Policiais civis do Rio de Janeiro realizaram, nesta segunda-feira (14), uma operação para apurar suspeitas de emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Saleme, investigado por ter permitido transplantes de órgãos infectados pelo vírus HIV em seis pacientes. A operação, conduzida pelo Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), envolve o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, onde está localizada a sede do laboratório.

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Entre os alvos da operação está Walter Vieira, um dos sócios do PCS Saleme, que foi preso nesta segunda-feira. O laboratório tinha contrato com a Fundação Saúde, instituição vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, para realizar exames de análises clínicas e anatomia patológica em hospitais da rede pública do estado. O contrato, assinado em dezembro de 2023, foi suspenso após a revelação do escândalo envolvendo a contaminação de órgãos.

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Falsificação de laudos

A Delegacia do Consumidor (Decon) está investigando se houve falsificação de laudos em outros casos relacionados ao laboratório. De acordo com o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi, as investigações estão sendo conduzidas com rigor e agilidade. “Determinei imediatamente a instauração de inquérito, atendendo à determinação do governador, para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”, afirmou Curi, por meio de nota.

Em uma nota divulgada na última sexta-feira (11), o laboratório PCS Saleme informou que abriu uma sindicância interna para investigar o episódio. A empresa afirmou que o caso dos diagnósticos de HIV em pacientes transplantados é “um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.

A operação de hoje pode trazer novos desdobramentos sobre a responsabilidade do laboratório e seus sócios no escândalo que abalou o sistema de transplantes do estado. As autoridades estão determinadas a investigar o caso a fundo para garantir a punição dos responsáveis.

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