De janeiro até a primeira semana de setembro de 2024, o Brasil confirmou ou identificou como prováveis 1.015 casos de mpox, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados no informe semanal. Esse número já supera os 853 casos notificados ao longo de todo o ano passado. Além dos casos confirmados, há 426 em investigação como suspeitos.
O boletim revela que o Sudeste concentra a maior parte das ocorrências, representando 80,9% dos casos (821), com São Paulo registrando o maior número (533 ou 52,5%). O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 224 casos (22,1%), seguido por Minas Gerais (56 ou 5,5%) e Bahia (40 ou 3,9%). Amapá e Piauí são as únicas unidades federativas que não possuem registros confirmados ou prováveis.
Nos municípios, São Paulo lidera com 370 casos confirmados ou prováveis (36,5%), seguido pelo Rio de Janeiro (167 ou 16,5%), Belo Horizonte (43 ou 4,2%), Salvador (28 ou 2,8%) e Brasília (23 ou 2,3%). Entre os 426 casos suspeitos no Brasil, São Paulo concentra 169 (39,7%).
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Perfil dos casos
O perfil dos casos de mpox no país segue semelhante ao registrado anteriormente. Segundo o Ministério da Saúde, 94,2% dos casos confirmados ou prováveis (956) são em homens, com a faixa etária predominante entre 18 e 39 anos (718 ou 70,7%). Apenas um caso foi registrado em crianças com até 4 anos, e não há registros de casos confirmados ou prováveis em gestantes.
Até o momento, 71 hospitalizações foram associadas à mpox, o que representa 7% do total de casos. Destas, 36 (3,9%) foram para manejo clínico, oito (0,8%) para isolamento e, em 27 (2,7%), a causa da hospitalização não foi especificada. Cinco pacientes (0,5%) precisaram ser internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Não foram registrados óbitos por mpox no Brasil ao longo deste ano.
Além disso, o informe esclarece que não foram detectados casos da variante 1b, identificada pela primeira vez em setembro de 2023 na República Democrática do Congo, país que enfrenta surtos recorrentes da doença desde 2022.