Polícia Federal indicia Pablo Marçal por uso de documento falso contra Guilherme Boulos na campanha eleitoral

Candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo teria divulgado laudo ilegítimo contra Boulos nas redes sociais; Marçal afirma que indiciamento foi acelerado para prejudicar políticos de direita.

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A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), sob acusação de usar um documento falso com o objetivo de prejudicar Guilherme Boulos, candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), durante a campanha eleitoral de 2024. O documento, que supostamente indicava que Boulos teria recebido atendimento médico relacionado ao uso de drogas ilícitas, foi publicado por Marçal em suas redes sociais dois dias antes do primeiro turno das eleições.

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Esse episódio marcou uma nova ofensiva de Marçal contra o adversário. Em agosto, durante um debate transmitido pela emissora Band, o influenciador digital realizou um gesto com as mãos que sugeria o consumo de cocaína, tentando associar Boulos ao uso de entorpecentes. A atitude gerou polêmica e foi alvo de críticas de diversas figuras públicas e representantes do PSOL.

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Em uma nota à imprensa, Marçal reagiu ao indiciamento com críticas à rapidez do processo, alegando que a ação teve um viés político para prejudicar candidatos identificados com a direita. “É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápida. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa. O fato aconteceu no dia 4 de outubro e o indiciamento foi realizado em apenas 34 dias, um verdadeiro recorde”, afirmou.

Apesar das acusações, Marçal demonstrou confiança em um resultado favorável. “Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes. Sigo acreditando na justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!”, completou.

Guilherme Boulos também se manifestou, ressaltando que o indiciamento é apenas o “primeiro passo” para combater a desinformação que teria influenciado a disputa eleitoral deste ano em São Paulo. “Espero que a Justiça atue com firmeza quanto ao uso criminoso da máquina pública por Ricardo Nunes e o crime eleitoral cometido pelo governador Tarcísio em plena votação do 2º turno”, afirmou Boulos. A declaração refere-se ao apoio expresso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a Ricardo Nunes, então candidato à reeleição, quando sugeriu que Boulos teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A repercussão do caso também envolveu figuras de destaque, como Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, e Jorge Messias, advogado-geral da União, ambos condenando as atitudes de Tarcísio. Em sua conta no X, Messias afirmou que “tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições”, reforçando a necessidade de responsabilidade na manutenção da democracia.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, a corrida eleitoral no primeiro turno foi acirrada entre Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal, com percentuais de 29,48%, 29,07% e 28,14% dos votos válidos, respectivamente.

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