Presidente do União Brasil solicita abertura de processo disciplinar contra deputado federal envolvido no caso Marielle Franco

Antonio de Rueda, líder do partido, busca medidas disciplinares contra Chiquinho Brazão, preso sob acusação de ser um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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O presidente do partido União Brasil, Antonio de Rueda, anunciou hoje que solicitará à Comissão Executiva Nacional da legenda a abertura de um processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão. Brazão, eleito pelo estado do Rio de Janeiro, foi preso na manhã deste domingo sob a acusação de envolvimento como mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 2018.

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“Embora filiado ao União Brasil, o deputado Chiquinho Brazão já não mantinha vínculos com o partido e havia formalizado um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral para se desfiliar. A reunião da Comissão Executiva Nacional está agendada para a próxima terça-feira, dia 26 de março. O estatuto do partido prevê medidas disciplinares, como a expulsão com cancelamento de filiação partidária, de forma cautelar em situações de extrema gravidade e urgência”, afirmou a nota divulgada à imprensa pela assessoria do partido.

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Segundo informações de fontes ligadas à investigação, entre os presos estão Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, sendo Chiquinho Brazão no segundo mandato consecutivo como deputado federal.

A prisão dos suspeitos ocorre menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor dos assassinatos. Devido ao envolvimento de políticos com foro privilegiado, como é o caso do deputado federal Chiquinho Brazão, o caso está sob condução na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes.

Domingos Brazão declarou, em entrevista ao UOL em janeiro deste ano, que não conhecia e não se recordava da vereadora Marielle Franco.

Chiquinho Brazão divulgou uma nota em 20 de março, após as acusações de ser o mandante vazarem na imprensa, afirmando estar “surpreendido pelas especulações” e que seu convívio com Marielle sempre foi “amistoso e cordial”.

A reportagem está buscando contato com as defesas dos acusados presos para obter atualizações sobre as posições de cada um.

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