Na noite dessa quarta-feira (20), a presidência anunciou a localização de 261 bens do Palácio da Alvorada que haviam sido dados como “desaparecidos”, em resposta às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama Janja. Ambos acusaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de negligenciar a conservação do local, o que teria levado Lula a começar seu mandato residindo em um hotel.
“Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque é um patrimônio público”, afirmou o presidente Lula na época.
Em contrapartida, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro rebateu as acusações, alegando que os itens estavam armazenados no depósito da Presidência e que todos os móveis levados após a mudança de governo eram de sua propriedade. Ela chegou a ironizar a situação sugerindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os móveis.
Após três meses de busca sem sucesso, o governo optou por adquirir novos móveis para o Palácio da Alvorada, justificando a compra sem licitação devido ao caráter emergencial, totalizando cerca de R$ 380 mil. A presidência defendeu a aquisição, afirmando que os móveis foram adquiridos para recompor o ambiente conforme seu projeto arquitetônico, além de justificar que nem todos os itens encontrados estão em condições de uso.
Entre os objetos localizados pela equipe estão camas, sofás, cadeiras, mesas, armários, luminárias e aparelhos de ar-condicionado. A presidência ressaltou, no entanto, que embora os itens tenham sido encontrados, nem todos estão aptos para utilização.