O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a embarcar para Nova Déli, capital da Índia, onde participará da Cúpula do G20 nos dias 9 e 10 de setembro. O evento, que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia, marca não apenas a reta final da presidência rotativa do bloco, atualmente com a Índia, mas também será o momento em que o Brasil assumirá a liderança do grupo a partir do dia 1º de dezembro de 2023.
A programação oficial da Cúpula do G20 prevê a discussão de diversos tópicos de relevância global, incluindo desenvolvimento verde sustentável, meio ambiente e clima, transições energéticas e a ideia de emissão zero líquida de carbono (global net zero). Além disso, temas como crescimento inclusivo, cumprimento de metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), saúde, educação, infraestrutura, transformações tecnológicas, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego também estarão em pauta.
Uma das questões que o presidente Lula pretende abordar durante o evento é a desigualdade social. Em um evento no Rio Grande do Norte, Lula destacou a importância de discutir a desigualdade de gênero, racial, no tratamento de saúde, nos salários e até mesmo na alimentação. Ele enfatizou a preocupação com a disparidade entre aqueles que têm acesso regular a alimentos e aqueles que passam longos períodos sem comer.
Como é tradição em cúpulas do G20, haverá uma cerimônia simbólica de transferência da presidência rotativa do grupo, envolvendo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente Lula. Durante o evento, Lula fará pronunciamentos nas duas primeiras sessões e no encerramento, quando apresentará as prioridades e os desafios da futura presidência brasileira no G20.
A presidência rotativa do Brasil no G20 se estenderá até o fim de 2024, culminando em uma nova cúpula que será realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro do próximo ano.