Policiais federais prenderam dois indivíduos suspeitos de envolvimento na organização de supostos atos terroristas no Brasil. As prisões ocorreram em caráter temporário na manhã desta terça-feira (8), no estado de São Paulo, como parte da Operação Trapiche. A investigação também apura indícios de que os suspeitos estariam recrutando outras pessoas para executar atos extremistas. Além das detenções, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes estados, indicando a abrangência da operação.
Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Federal, se as suspeitas forem confirmadas, os investigados responderão por crimes previstos na Lei de Terrorismo (Lei nº 13.260, de 2016), que incluem constituir ou integrar organização terrorista e realizar atos preparatórios de terrorismo. Esses crimes são considerados hediondos, inafiançáveis e o cumprimento da pena ocorre em regime fechado, independente de condenação definitiva (trânsito em julgado).
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enfatizou que a ação da PF é preventiva, baseada em uma “hipótese”. Ele destacou o compromisso do governo em combater o terrorismo no país e as obrigações internacionais assumidas pelo Brasil. Durante a operação, o Ministro participou da assinatura de um acordo de cooperação técnica no Rio de Janeiro, que visa criar o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra), com o objetivo de enfraquecer as fontes de renda do crime organizado.