Um homem suspeito de matar e enterrar o corpo da própria esposa no quintal de casa foi preso na noite desta quarta-feira (24), em Acaraú, no norte do Ceará. A vítima estava desaparecida desde o último dia 14 de julho. O corpo foi encontrado carbonizado no fundos do imóvel.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o companheiro de Maria Ticiane Ferreira Nascimento, de 26 anos, identificado como Ivanildo Manuel dos Santos Nascimento, 27 anos havia registrado um Boletim de Ocorrência pelo desaparecimento da mulher no último dia 16.
Ele foi localizado nesta quarta-feira (24) e levado para a delegacia, onde confessou o crime e disse que a motivação foi por traição por parte da vítima.
Após confessar a autoria do crime, Ivanildo foi detido e levado para a Delegacia de Itapipoca, onde permanece à disposição da Justiça.
Vítima era casada há 14 anos e tinha quatro filhos
A professora Maria Ticiane Ferreira Nascimento e o técnico de laboratório Ivanildo Manuel dos Santos Nascimento estavam juntos há 14 anos e tinham quatro filhos, de 11 anos, 10 anos, 5 anos e 3 anos.
Conforme relato de Santana Maria dos Santos Nascimento, tia da vítima, no dia do desaparecimento Ivanildo Manuel chegou na casa dos familiares de Ticiane, em Acaraú, de manhã bem cedo, com os filhos do casal. “A gente perguntou pela Ticiane e o Ivanildo disse que ela tinha saído e ele não tinha conseguido falar com ela”, afirma.
Santana Maria disse que ao longo do dia a professora não apareceu e os familiares ficaram questionando Ivanildo. “A gente ficou fazendo perguntas e ele disse que a Ticiane tinha ido embora de casa levando roupas e dinheiro”.
Os dias foram passando e a família começou a desconfiar da versão de Ivanildo, já que a vítima havia deixado todos os documentos em casa. “Cheguei a pergunta a ele porque não ia procurar descobrir o paradeiro da Ticiane e ele só respondia que não deixaria de trabalhar para ir em busca da mulher que poderia estar com outro”, disse.
Segundo Santana, após prestar depoimentos na delegacia de Acaraú, o marido da sobrinha confessou o crime. “A gente não esperava que isso fosse acontecer, pois eram um casal unido e a família estava sempre junta”.
Os familiares descrevem Maria Ticiane como uma pessoa alegre, que tinha muitos amigos e zelava pelos filhos. A jovem trabalhava em duas escolas da cidade de Acaraú.