A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (18) o cumprimento de mandados de busca e apreensão em dois endereços na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. A ação faz parte da investigação sobre o incidente em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família foram hostilizados no Aeroporto de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14).
De acordo com informações da PF, os mandados foram expedidos pelo STF e são relacionados aos crimes de injúria, perseguição e desacato cometidos contra o ministro durante o episódio ocorrido em Roma. As buscas foram realizadas nas residências do empresário Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovan, bem como do empresário Alex Zanatta, todos envolvidos no caso.
A agressão contra o ministro e sua família ganhou destaque na imprensa no último fim de semana. Segundo relatos, o grupo teria proferido insultos como “bandido e comunista” ao ministro, resultando em uma agressão física contra o filho de Moraes por um dos acusados. O ministro encontrava-se na Itália para participar de uma palestra na Universidade de Siena.
Desde então, a Polícia Federal tem conduzido investigações e ouvido depoimentos relacionados ao caso. No domingo (16), Alex Zanatta prestou depoimento e negou ter proferido ofensas ao ministro.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal em Piracicaba ouviu depoimentos do empresário Roberto Mantovani Filho e de sua esposa, Andreia Munarão, ambos envolvidos no episódio. No entanto, a PF não divulgou detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos.
Em entrevista concedida do lado de fora do prédio da Polícia Federal, o advogado Ralph Tórtima, que representa o casal Mantovani, afirmou que Roberto negou ter havido um empurrão e esclareceu que não direcionou ofensas ao ministro. Segundo o advogado, Roberto apenas afastou um jovem desconhecido que proferia ofensas pesadas e desrespeitosas contra sua esposa.
A defesa do casal Mantovani negou qualquer agressão ao ministro e ressaltou que as supostas ofensas atribuídas a Andrea foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa. Em nota enviada à imprensa durante a noite, a defesa reiterou a convicção de que as imagens do aeroporto comprovarão a versão apresentada no depoimento, refutando qualquer ato que possa prejudicar a imagem pública do Ministro Alexandre de Moraes.