O município de Itapipoca, localizado no estado do Ceará, conquistou o título de cidade mais segura do Nordeste e do próprio estado em 2022, de acordo com os dados apresentados no Anuário 2023 de Cidades mais Seguras do Brasil©. O estudo, uma iniciativa que compila os dados de óbitos registrados pelo Ministério da Saúde e IBGE, revelou que Itapipoca possui a menor taxa de homicídios entre os municípios nordestinos com mais de 100 mil habitantes, com apenas 11,7 homicídios a cada 100 mil habitantes.
A pesquisa, desenvolvida com uma metodologia específica pela MySide, criou métricas de violência para cada estado brasileiro com base nos dados municipais de assassinatos, encontrados no Painel de Monitoramento de Mortes do Ministério da Saúde. Diferentemente de outras pesquisas de segurança, essa metodologia foi pensada para corrigir potenciais subnotificações de assassinatos em cada município, levando em consideração as características de cada estado.
A discrepância nas métricas entre o Anuário 2023 da MySide e o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de 2023, foi relativamente pequena, o que já era esperado, uma vez que as fontes primárias de dados são distintas. Enquanto a MySide se baseia nos registros de óbitos do Ministério da Saúde, o Fórum utiliza dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública.
Entretanto, ao analisar as taxas de assassinatos em nível estadual, é possível notar divergências mais significativas entre os dois relatórios. As maiores variações foram observadas nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo e São Paulo. Essas diferenças podem ser atribuídas às diferentes abordagens na coleta e classificação dos dados de homicídios em cada estado.
O Anuário 2023 Cidades Mais Seguras do Brasil©, elaborado pela MySide, apontou uma taxa média de assassinatos no país de 24,9 a cada 100 mil habitantes em 2022, enquanto o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou um índice ligeiramente inferior, com 23,4. Ambos os estudos servem como ferramentas valiosas para compreender a segurança pública no Brasil, destacando as nuances regionais e a importância da metodologia na interpretação dos dados.
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