Uma peixe-boi que foi devolvida ao mar em uma praia da cidade de Icapuí, no início do mês de julho, entrou em um rio na cidade de Itapipoca, depois de perder o rastreador, ela foi resgatada novamente por uma ONG ambientalista no sábado (31).
O animal, batizada de Pintada, foi encontrada no Rio Cruxati, no distrito de Barrento, em Itapipoca. A peixe-boi foi resgatada a mais de 300 km de onde foi solta. De acordo com a ONG Aquasis, o animal não chegou a encalhar, mas, por ter entrado em um rio, poderia correr riscos de se prejudicar.
Pesando 380 kg, o animal foi resgatado em 2015 pela Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas (Aquasis) e passou seis anos em reabilitação. A peixe-boi ficou esse período em um cativeiro, onde foi preparada para retornar ao mar.
No dia 6 de julho, a peixe-boi foi solta em uma praia na cidade de Icapuí. Depois de oito dias, a Aquasis emitiu um alerta de que ela havia perdido o rastreador. Neste dia, ela encalhou na praia de Flecheiras, na cidade de Trairi, mas foi resgatada por pescadores e os biólogos da Aquasis encontraram apenas o localizador do animal, perdendo contato com a peixe-boi.
“Nada disso seria possível sem o apoio da comunidade local, que além de nos avisar onde ela se encontrava, participou ativamente no resgate da Pintada”, afirmou a ONG.
De acordo com a ONG Aquasis, o animal não retornará para o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMM), uma vez que não estava encalhada. As informaçõs são de que o animal estava bem de saúde e sem ferimentos. Mesmo perdendo um pouco de peso, conforma a ONG, foi menos do que eo esperado e, por isso, estava apta a ser solta novamente.
Após constatar a situação da fêmea, a associação fixou novamente o rastreador na peixe-boi e a devolveu novamente ao mar, na altura da foz do Rio Mundaú, em Itapipoca. O animal continuará sendo monitorada.
A associação agradeceu às pessoas que ajudaram no resgato, como pescadores e moradores da comunidade, ao IMMA, Prefeitura de Itapipoca, a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Trairi, à Rádio Web Mundaú e ao Coletivo Ambiental Ekovida de Itapipoca. A união de esforços foi fundamental para encontrá-la. Sem a ajuda de todos os envolvidos não teríamos conseguido com tanto sucesso”, escreveu em nota a ONG.
