Assentamento em Itapipoca produz toneladas de caju e mandioca

As atividades agrícolas do assentamento beneficiam quatro famílias e possuem uma alta produtividade

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Uma parceria, com mais de 20 anos, entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) e agricultores do assentamento Timbaúba, no município de Itapipoca, tem dado bons frutos, literalmente falando. Por meio dos seus extensionistas e colaboradores, a Ematerce tem fornecido, não apenas conhecimento aos agricultores, como também como gerir, com o maior grau de eficiência, os sete hectares de terra.

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“Nós temos o acompanhamento da Ematerce desde 1997. Com o cajueiro e a mandiocultura foi desde 2002, já plantado consociado: o cajueiro anão precoce com a mandiocultura”, comenta Pedro Silva, gerente regional da Região Meio Norte.

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Essa relação entre técnicos e agricultores está possibilitando que famílias do interior do Estado tirem o próprio sustento apenas com a plantação e colheita realizada no quintal de casa.

Os sete hectares de plantação são distribuídos e organizados em dois tipos cultura: cajueiros, enxertados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do tipo 76 e mandioca pretinha.

Cajueiro anão precoce enxertado pela Embrapa.

As atividades agrícolas do assentamento beneficiam quatro famílias e possuem uma alta produtividade, onde 1 hectare de mandioca pode produzir, no mínimo, de 28 a 32 toneladas e 1 hectare de cajú anão precoce pode produzir 24 toneladas e 800 a 1.200 kg de castanha, no mínimo.

A qualidade dos produtos é outro diferencial, enquanto nos mercados aos arredores a mandioca era vendida a R$ 0,50, a mandioca do assentamento Timbaúba era vendida a R$ 0,80, pois a qualidade do plantio e a aparência lhe destacam das demais mandiocas ofertadas no mercado.

Adubo diferenciado

Uma das fórmulas para o sucesso do plantio é o adubo, que no assentamento é utilizado a cama de frango (adubo de galinha), pois possui uma qualidade nutritiva superior ao adubo convencional (adubo bovino).

Estoque de 20 toneladas de adubo de frango.

“A diferença é grande viu? A diferença pode chegar a mais de 30 cm de altura na mandioca plantada com cama de frango, quando comparamos a mandioca plantada com adubo bovino”, explica Pedro.

Adubo de frango sendo aplicado na mandioca.

A conquista da terra

Diante do caso de sucesso, os agricultores, em comum acordo, os agricultores financiaram e quitaram o empréstimo em 5 anos de atividade, período compreendido de 2013 a 2017. Hoje, os assentados possuem o documento da terra, o que os permitem uma maior liberdade para o plantio e aquisição de benefícios e incentivos do Governo.

Benefícios do Projeto São José

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Através do Projeto São José, os assentados foram beneficiados com R$ 218 mil que foram utilizados para a aquisição de 1 roçadeira, 1 trator, 1 grade niveladora e 1 capinadeira. A compra de máquinas aumentou a produtividade do assentamento como a qualidade de vida do homem do campo, pois o esforço braçal será menor com a ajuda do maquinário adquirido.

Roçado com fartura

O gerente regional Pedro, possui em casa uma diversidade de culturas no quintal de casa. Só em mandioca são três: pretinha, Abujá (vindas do Pará) e vermelha.

Diferença de volume e altura na mandioca com a utilização de adubo de frango. Na mandioca da esquerda plantada com adubo bovino, na mandioca da direita plantada com cama de frango.

A plantação se estende por três hectares, onde o, também agricultor, utiliza a terra como experimento de melhoramento do plantio para beneficiar todo o assentamento.

“Nós não precisamos de muito. Apenas com um pouco de conhecimento técnico, nós conseguimos produzir muito”, comenta.

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