CE tem 220 guarda-vidas para 573Km de litoral

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O Estado do Ceará tem, atualmente, um efetivo de 220 guarda-vidas, atuando em seus 573 km de litoral. De acordo com a Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec), no ano de 2017, foram realizados 326 resgates, todos com vida. Em 2018, foram contabilizados 126 resgates até o mês de junho. Pela Sesec, são 70 profissionais alocados na Barra do Ceará, Luzeiros, Carapebas, Praia de Iracema, Ponta Mar e Praia do Náutico.

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O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, por sua vez, tem um efetivo de, aproximadamente, 150 homens. A Praia do Futuro tem a maior demanda de atendimento, segundo o major Jectan Oliveira, e para onde é deslocado mais de 50% da equipe. “Neste momento, acrescente, segue em andamento estudo para constatar se a demanda atual é suficiente para o número de profissionais existentes, assim como o perfil da maior parte das vítimas”, destaca o oficial.

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São de responsabilidade do Corpo de Bombeiros também o Icaraí, Sabiaguaba, Caça e Pesca, Tabuba, Cumbuco, Cauípe e Canoa Quebrada. São 66 bombeiros se revezando nos postos de guarda-vidas da Praia do Futuro e 34 em Icaraí, no que representa dois terços do total de profissionais ao todo somente nestes dois locais. Em 2018 já foram contabilizados pelo órgão 134 resgates e dois óbitos. Em 2017 foram 565 resgates com vida e um afogamento fatal.

Interior e RMF

As prefeituras de localidades famosas por suas belas e procuradas praias foram procuradas pela reportagem e indagadas sobre como funciona o atendimento. Em Jijoca de Jericoacoara, por exemplo, o processo é feito via parceria público-privada, bem como por responsabilidade das próprias barracas. Em feriados ou dias de muito movimento, a Administração da cidade recorre ao Corpo de Bombeiros de Sobral ou de Itapipoca, solicitando ajuda. Os municípios de Aquiraz e de Beberibe não atenderam às solicitações.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 17 pessoas morrem por afogamento todos os dias no Brasil, sendo a segunda maior causa de morte acidental do País, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito. O número é advindo do boletim Afogamentos no Brasil – O que acontece e como reduzir?, de 2017. O documento cita ainda que a cada 84 minutos, um brasileiro morre afogado, homens representam seis vezes mais vítimas.

Quase metade das mortes ocorrem com pessoas de até 29 anos. Cada óbito por afogamento custa R$ 210.000,00 ao Brasil, ou seja, um gasto médio de 28 milhões ao ano.

Regulamentação

O “profissional apto a realizar práticas preventivas e de salvamento relativas à ocorrência de sinistros em ambientes aquáticos” – o guarda-vidas, vai passar a ser regulamentado no Brasil. A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal deve votar em agosto o Projeto de lei responsável pela mudança. Para exercer a profissão será preciso ainda ser aprovado em uma prova de natação e corrida e realizar curso específico com carga mínima de 160 horas.

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