Na noite de domingo (30), milhares de franceses tomaram as ruas em diversas cidades do país para protestar contra a vitória do Rassemblement National (RN) no primeiro turno das eleições legislativas antecipadas. O partido de extrema-direita, liderado por Marine Le Pen, conquistou cerca de 34% dos votos, colocando seu representante Jordan Bardella na posição de possível futuro primeiro-ministro.
Em Paris, mais de 8 mil pessoas se concentraram na emblemática Praça da República para apoiar a Nova Frente Popular (NFP), a coligação de esquerda que ficou em segundo lugar com cerca de 29% dos votos. Os manifestantes exibiam cartazes com frases como “não deixemos a França aos fascistas”, demonstrando seu descontentamento e preocupação com a ascensão da extrema-direita.
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O presidente Emmanuel Macron e sua aliança de centro-direita Ensemble ficaram em terceiro lugar, com uma votação entre 20,5% e 23%, conforme as últimas pesquisas. Embora o RN não tenha obtido a maioria absoluta, a perspectiva de sua liderança no Parlamento francês gerou apreensão entre os eleitores, culminando nas manifestações em várias regiões do país.
As eleições ocorreram em meio a um cenário político tenso, com a população dividida quanto ao futuro do país. A Nova Frente Popular, apesar de não liderar, mostrou-se capaz de mobilizar uma significativa parcela da população que se opõe às ideias do RN, reforçando o papel crucial da esquerda na política francesa atual.
As próximas semanas serão decisivas para o futuro político da França, com a expectativa em torno do segundo turno e a possibilidade de Jordan Bardella assumir o posto de primeiro-ministro. Os manifestantes prometem continuar mobilizados, afirmando que a luta contra a extrema-direita está apenas começando.