A Guarda Costeira dos Estados Unidos, responsável pelas buscas do submersível desaparecido nas proximidades dos destroços do Titanic no Oceano Atlântico, confirmou a trágica morte dos cinco ocupantes da embarcação. Durante uma coletiva de imprensa, o contra-almirante John Mauger afirmou que a implosão foi a causa do acidente. Destroços encontrados na área corroboram a perda de pressão na cabine do Titan, o submersível utilizado em expedições turísticas aos restos do navio que afundou em 1912.
Mauger descreveu o ambiente no fundo do oceano como implacável e declarou que os detritos encontrados são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação. A OceanGate, empresa responsável pelo Titan, também emitiu uma nota confirmando a morte dos passageiros e expressando pesar pela perda de vidas.
O Titanic repousa a cerca de 1.450 km a leste de Cape Cod, nos Estados Unidos, e 640 km ao sul de St. John’s, no Canadá. Ainda na coletiva de imprensa, o contra-almirante Mauger informou que os veículos operados remotamente, utilizados nas buscas, permanecerão no local do acidente para coletar mais informações sobre o ocorrido. Ele aproveitou a oportunidade para expressar suas condolências às famílias das vítimas, que foram informadas assim que a implosão do Titan foi confirmada.
Os cinco ocupantes do submersível, que estavam desaparecidos desde 18 de julho, eram: Hamish Harding, bilionário e explorador britânico de 58 anos; Shahzada Dawood, magnata dos negócios nascido no Paquistão, de 48 anos, e seu filho Suleman, cidadãos britânicos de 19 anos; Paul-Henri Nargeolet, oceanógrafo francês e especialista em Titanic, com 77 anos, que visitou os destroços do navio diversas vezes; e Stockton Rush, fundador e CEO da OceanGate, que pilotava o submersível e era norte-americano.
As autoridades continuam investigando o trágico acidente, buscando entender as circunstâncias que levaram à implosão do submersível e aprimorar os procedimentos de segurança nas expedições turísticas aos destroços do Titanic.