Presidente da Argentina, Javier Milei, firma pacto com governadores provinciais para impulsionar reformas econômicas

Acordo assinado com 18 governadores busca fortalecer governo de Milei e enfrentar a crise econômica, com inflação próxima de 300% e metade da população na pobreza

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O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou um pacto, há muito adiado, com governadores das províncias na madrugada desta terça-feira (9), em um esforço para ampliar o apoio às reformas econômicas e fortalecer seu governo minoritário de quase sete meses.

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O acordo, assinado pouco depois da meia-noite com 18 governadores, busca dissipar as dúvidas do mercado sobre a capacidade de Milei de enfrentar a pior crise econômica das últimas décadas, que levou metade da população à pobreza e fez com que a inflação subisse para quase 300%.

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“A Argentina se encontra em um ponto de inflexão”, disse Milei, um economista libertário radical, em um discurso mais tarde na cidade de Tucumán, no norte do país, onde a Argentina declarou independência da Espanha há mais de dois séculos.

“As pessoas exigem uma mudança de direção.”

Os títulos e o peso estão sob pressão renovada, após forte recuperação inicial do mercado quando Milei assumiu o cargo em dezembro, com a economia entrando em recessão e a tensão política aumentando.

O partido A Liberdade Avança, de Milei, não tem maioria parlamentar e nem governadores de províncias, de modo que precisa negociar com outros partidos políticos para levar adiante sua agenda.

Entre os dez itens cobertos pelo pacto, o governo de Milei destacou um orçamento equilibrado inegociável, cortes acentuados nos gastos públicos, bem como reformas tributária e trabalhista.

“Esse pacto mostra que governadores de diferentes partidos políticos podem unir forças para que o governo nacional possa administrar esse compromisso”, afirmou Martin Llaryora, governador da província central de Córdoba.

No final de junho, os parlamentares argentinos aprovaram duas importantes reformas legislativas apoiadas por Milei e destinadas a impulsionar a economia, reduzindo os gastos públicos e atraindo investimentos privados. Mas os mercados recuaram na última semana.

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