A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, anunciou nesta quinta-feira (11) uma greve geral em resposta ao ajuste fiscal promovido pelo presidente Javier Milei. Agendada para o dia 9 de maio, a paralisação é o segundo grande movimento de protesto desde a posse de Milei, em dezembro de 2023.
Além da greve, a CGT informou que convocará uma mobilização para o dia 1º de maio, data emblemática do Dia do Trabalho. Os sindicatos demonstram forte oposição ao plano de corte de gastos públicos proposto pelo governo atual, assim como à intenção do presidente de implementar uma reforma trabalhista.
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O governo argumenta que o ajuste é imperativo para reequilibrar as finanças públicas de um país que enfrenta déficits fiscais persistentes e uma dívida significativa, incluindo um empréstimo de US$ 44 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Javier Milei, que ingressou no cenário político argentino com uma plataforma ultraliberal, busca eliminar o déficit fiscal ainda neste ano. Especialistas apontam que, embora a medida tenha como objetivo reduzir a inflação, os cortes de subsídios estatais e de gastos públicos podem agravar a situação da pobreza no país.