Hamas aceita cessar-fogo com Israel após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza

Grupo palestino diz ter respondido positivamente à proposta mediada por Catar e Egito, enquanto acordo enfrenta resistência em Israel.

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O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) anunciou nesta quarta-feira (15) que aceitou uma proposta de cessar-fogo com Israel, após mais de 15 meses de intensos confrontos na Faixa de Gaza que resultaram em mais de 45 mil mortes. Em comunicado, o grupo afirmou ter enviado sua resposta aos mediadores do Catar e do Egito após uma reunião de emergência.

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“O movimento afirma que respondeu de forma responsável e positiva à proposta, guiado por seu compromisso com nosso povo firme na Faixa de Gaza para deter a agressão sionista e acabar com os massacres e a guerra genocida em andamento à qual estão sendo submetidos”, destacou a nota oficial do Hamas.

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A proposta inclui uma fase inicial de cessar-fogo de seis semanas, com retirada gradual das forças israelenses e a libertação de reféns pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Contexto internacional

Em um evento realizado na última terça-feira (14) no Atlantic Council, nos Estados Unidos, o secretário de Estado, Antony Blinken, revelou que o acordo aguardava apenas a resposta do Hamas. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, celebrou o desdobramento e creditou o progresso ao impacto de sua eleição.

“[Meu governo continuará a] trabalhar em estreita colaboração com Israel e nossos Aliados para garantir que Gaza NUNCA mais se torne um refúgio seguro para terroristas”, escreveu Trump em uma rede social. Ele também destacou os Acordos de Abraão, tratados entre Israel e países árabes que, segundo analistas, podem ter contribuído para a intensificação do conflito.

Resistência interna em Israel

O cessar-fogo enfrenta oposição de figuras influentes no governo israelense. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem-Gvir, classificou o acordo como “terrível” e apelou para que outros líderes se unam contra a proposta.

“Se o acordo for aprovado, nós nos retiraremos do governo juntos”, declarou Bem-Gvir em uma rede social.

Apesar das resistências, o acordo prevê ainda discussões sobre um governo alternativo para Gaza e planos de reconstrução da região. Segundo Antony Blinken, o Hamas será excluído de qualquer nova administração no território.

“Ninguém deve esperar que Israel aceite um Estado palestino que seja liderado pelo Hamas ou outros extremistas”, afirmou Blinken.

Detalhes do acordo

Na primeira fase do cessar-fogo, mulheres, crianças, idosos e prisioneiros doentes terão prioridade na libertação. Já a segunda etapa, com início previsto após 16 dias, contemplará os demais detentos.

O plano final busca reconstruir Gaza e estabelecer um governo local que exclua o Hamas, marcando uma possível nova etapa para a região, que vive em conflito desde a criação do Estado de Israel, em 1948.

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