Maratonista Rebecca Cheptegei morre após ataque violento de namorado; caso relembra assassinato da corredora Agnes Tirop pelo marido

A atleta de 33 anos foi queimada viva pelo namorado e se tornou a terceira esportista a ser morta no Quênia desde 2021; autoridades e comitês olímpicos condenam a violência de gênero.

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Rebecca Cheptegei, maratonista olímpica de 33 anos, faleceu nesta quinta-feira (5) após sofrer graves queimaduras no último domingo (1). Cheptegei foi atacada com gasolina e incendiada pelo namorado em um episódio brutal ocorrido no Quênia. A atleta havia competido nas Olimpíadas de Paris, onde terminou em 44º lugar.

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Cheptegei sofreu queimaduras em mais de 75% do corpo e foi hospitalizada no Hospital Moi Teaching and Referral, na cidade de Eldoret, no Vale do Rift. Segundo o diretor sênior de serviços clínicos do hospital, Owen Menach, a atleta faleceu às 5h30 da manhã, após falência múltipla dos órgãos. Um relatório completo sobre as circunstâncias da morte será divulgado ainda na quinta-feira.

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O ataque que vitimou Cheptegei não deixou claro se o agressor era um parceiro atual ou um ex-companheiro. De acordo com o jornal queniano The Standard, o agressor também sofreu queimaduras e está internado na unidade de terapia intensiva, com 30% do corpo queimado.

Donald Rukare, presidente do Comitê Olímpico de Uganda, expressou sua profunda tristeza em uma publicação no X, destacando o caráter cruel do ataque e condenando a violência contra as mulheres.

O ministro dos Esportes do Quênia, Kipchumba Murkomen, lamentou a morte de Cheptegei como uma perda para toda a região e destacou a necessidade urgente de combater a violência de gênero, especialmente nos círculos esportivos.

Peter Ogwang, ministro dos Esportes de Uganda, confirmou que as autoridades quenianas estão investigando o caso. Dados de 2022 mostram que cerca de 34% das mulheres quenianas entre 15 e 49 anos sofreram violência física, com mulheres casadas enfrentando um risco ainda maior.

O episódio ressalta uma preocupante tendência de violência contra mulheres no Quênia, que também foi evidenciada pelo caso da corredora Agnes Tirop, encontrada morta em 2021. Seu marido, Ibrahim Rotich, é acusado pelo assassinato e o caso continua em andamento.

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