A partir de 1º de julho de 2024, tatuagens visíveis e piercings serão proibidos para os funcionários da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A nova regra, implementada pela Fabbrica di San Pietro, o departamento responsável pela basílica, visa manter o “decoro” no local sagrado.
O regulamento se aplica aos cerca de 170 trabalhadores leigos da Fabbrica di San Pietro, incluindo guardas, guias turísticos e pessoal de manutenção. Padres e freiras já são obrigados a seguir um código de vestimenta rigoroso e não estão sujeitos à nova regra.
Conduta exemplar exigida
O novo regulamento exige que os funcionários da basílica tenham “conduta religiosa e moral exemplar, inclusive na vida privada e familiar, em conformidade com a doutrina da Igreja”. Isso inclui evitar “comportamentos que não sejam condizentes com os princípios e valores cristãos”.
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Embora o regulamento não mencione explicitamente tatuagens e piercings, a Reuters informa que essas modificações corporais são consideradas incompatíveis com a imagem de decoro que a Fabbrica di San Pietro deseja projetar.
Reações à nova regra
A nova regra gerou reações mistas. Alguns a consideram necessária para manter a santidade da Basílica de São Pedro, enquanto outros a criticam como discriminatória e restritiva da liberdade individual.
Padre nega outras proibições
O padre Enzo Fortunato, chefe de comunicações da basílica, negou relatos da imprensa italiana de que a Fabbrica di San Pietro também proibirá leigos em relacionamentos sem casamento de trabalhar na basílica. Ele classificou essas alegações como “fofoca”.
Posição do Papa Francisco
O Papa Francisco tem defendido uma postura mais misericordiosa e acolhedora dentro da Igreja Católica, o que contrasta com a visão mais tradicionalista por trás da nova regra da Basílica de São Pedro. Resta saber se a decisão gerará polêmica a longo prazo.