Libertação de Julian Assange é celebrada por entidades em todo o mundo

Federação dos Jornalistas diz que foi uma vitória da categoria

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O jornalista australiano Julian Assange, fundador da plataforma WikiLeaks, foi libertado nesta segunda-feira (24) após um acordo judicial com os Estados Unidos. A notícia foi recebida com comemorações por diversas entidades que defendem a liberdade de imprensa e os direitos humanos em todo o mundo.

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Assange estava preso desde 2019 no Reino Unido, à espera de extradição para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem relacionadas à publicação de documentos sigilosos do governo americano. O WikiLeaks se tornou mundialmente conhecido em 2010 ao divulgar diversos registros secretos, incluindo informações sobre violações de direitos humanos nas guerras do Afeganistão e do Iraque.

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Entidades brasileiras celebram a libertação

No Brasil, a libertação de Assange foi celebrada por diversas entidades, como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O FNDC, que congrega mais de 500 entidades filiadas em todo o Brasil, classificou a libertação como “uma vitória da mobilização internacional em defesa da liberdade de imprensa”. A Fenaj, que representa 31 sindicatos de jornalistas no país, destacou que Assange passou 1.901 dias preso e que sua libertação “é uma vitória dos jornalistas em todo o mundo”. Já a ABI lembrou que, apesar da libertação de Assange, “ainda há centenas de jornalistas presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora”.

Assange chega à Austrália nos próximos dias

Assange, que atualmente tem 52 anos, deverá desembarcar na Austrália nos próximos dias. Ele ainda precisa comparecer a um tribunal nas Ilhas Marianas, território dos Estados Unidos situado no Oceano Pacífico, para cumprir os termos do acordo judicial. Pelo acordo, ele aceitou se declarar culpado de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. As demais acusações contra ele serão retiradas e ele cumprirá uma pena mínima, que já é considerada cumprida.

A libertação de Assange é vista como um importante precedente para a liberdade de imprensa e para a proteção de jornalistas que investigam e divulgam informações de interesse público.

Lula e outros líderes celebram a libertação

A libertação de Assange também foi celebrada por diferentes líderes mundiais, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia se manifestado em outras ocasiões em favor do jornalista australiano. Mensagens também foram compartilhadas pelos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do México, Andrés Manuel Lopez Obrador; e da Bolívia, Luis Arce; entre outros.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse em discurso ao parlamento do país que o caso já havia se arrastado há tempo demais. “Não há nada a ganhar com a continuação do seu encarceramento e queremos que ele venha para casa, na Austrália”, afirmou Albanese.

A luta pela liberdade de imprensa continua

Apesar da libertação de Assange, as entidades que defendem a liberdade de imprensa alertam que a luta por um jornalismo livre e seguro ainda está longe de terminar. Ainda há muitos jornalistas presos, perseguidos e censurados em todo o mundo. É preciso continuar mobilizando a sociedade civil e pressionando os governos para que garantam o direito à liberdade de expressão e à informação.

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