No último domingo, o universo das corridas de resistência foi abalado por uma notícia trágica: o renomado corredor queniano Kelvin Kiptum, detentor do recorde mundial na maratona, e seu dedicado treinador perderam a vida em um acidente de trânsito ocorrido no Vale do Rift. Aos 24 anos, Kiptum já havia deixado uma marca indelével no esporte, estabelecendo feitos notáveis e sonhando com novas conquistas.
Kelvin Kiptum entrou para a história ao quebrar o recorde mundial na Maratona de Chicago, em outubro passado, com um impressionante tempo de duas horas e 35 segundos. Sua velocidade extraordinária ultrapassou a marca anterior estabelecida por seu compatriota Eliud Kipchoge em Berlim, em 2022. Kiptum não apenas superou a barreira das duas horas, mas também deixou sua marca em outros três dos sete tempos de maratona mais rápidos já registrados.
O jovem atleta tinha planos ambiciosos para o futuro próximo, vislumbrando tornar-se o primeiro homem a completar uma maratona em menos de duas horas em Rotterdam, em abril, e fazer sua estreia olímpica em Paris, em julho. Sua determinação e talento o colocavam como uma das grandes promessas do cenário esportivo internacional.
A notícia da tragédia foi recebida com choque e tristeza em todo o mundo do atletismo. Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), expressou condolências em nome da comunidade esportiva global, destacando o legado deixado por Kiptum e seu treinador. “Um atleta incrível que deixou um legado incrível, sentiremos muita falta dele”, declarou Coe.
De acordo com informações da polícia local, o acidente ocorreu enquanto Kiptum dirigia nas proximidades da aldeia do Vale do Rift, sua terra natal, tendo seu treinador ruandês e uma mulher como passageiros no veículo. A tragédia não apenas interrompeu a promissora carreira de um talentoso atleta, mas também deixou uma lacuna irreparável no mundo das maratonas e do esporte em geral.