O Catar anunciou hoje a extensão da trégua entre as forças de Israel e do Hamas em Gaza por mais dois dias, marcando um prosseguimento na pausa que interrompeu sete semanas de conflito intenso. A pausa, mediada pelo Catar e facilitada pelo Egito, representa um alívio temporário em meio à devastação que resultou em milhares de mortes e deixou o enclave palestino em estado crítico.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar, atuando como mediador, divulgou a prorrogação em uma postagem na plataforma de mídia social X, destacando o acordo alcançado para estender a pausa humanitária. Embora Israel não tenha feito comentários imediatos, uma autoridade da Casa Branca confirmou a concordância com o acordo.
O Hamas também confirmou sua aceitação da extensão da trégua em conversas com o Catar e o Egito, reafirmando as condições estabelecidas na trégua anterior. Embora não tenham sido especificados detalhes sobre a libertação de reféns, acordos anteriores sugerem a possibilidade de trocas entre Israel e o Hamas.
O chefe do Serviço de Informação do Estado do Egito, Diaa Rashwan, indicou que o acordo incluiria a libertação de 20 reféns israelenses em troca da libertação de 60 prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses.
A trégua inicial de quatro dias, que termina na noite de hoje, visava facilitar a libertação de reféns, incluindo 11 israelenses e 33 palestinos. O Hamas afirmou ter recebido uma lista de palestinos a serem libertados por Israel, incluindo prisioneiras e menores de idade.
A crise humanitária desencadeada pelo conflito inclui a destruição de áreas significativas em Gaza, resultando em uma escassez aguda de alimentos, combustível, água potável e medicamentos. O acordo de trégua, no entanto, permitiu a entrada de caminhões de ajuda em Gaza, buscando amenizar a situação.
A libertação recente de 58 pessoas pelo Hamas, incluindo estrangeiros, e a libertação de 117 palestinos por Israel desde o início da trégua representam passos em direção à reconciliação. No entanto, o número total de reféns ainda mantidos em Gaza é de 184, conforme informado pelo governo israelense, incluindo estrangeiros e cidadãos israelenses com dupla nacionalidade.
