O Conselho de Segurança das Nações Unidas instou, nesta quarta-feira (15), a implementação urgente e prolongada de pausas nos combates entre Israel e os militantes palestinos do Hamas na Faixa de Gaza. A medida visa permitir um “número suficiente de dias” para a entrega de ajuda humanitária à região, superando um impasse que persistia após quatro tentativas sem sucesso no último mês.
A resolução, elaborada por Malta, também exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas. Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, com poder de veto no Conselho, abstiveram-se na votação, enquanto os 12 membros restantes votaram a favor.
Apesar de esforços russos para incluir um apelo por uma trégua humanitária imediata, a resolução permanece focada em pausas e corredores humanitários urgentes e estendidos em toda a Faixa de Gaza. O impasse no conselho destacou a divergência entre os Estados Unidos, que apoiam pausas, e a Rússia, que pressiona por um cessar-fogo formal.
A resolução, no entanto, não condena as ações do Hamas, um ponto de discordância com os Estados Unidos e o Reino Unido, tradicionais aliados de Israel. O Conselho enfatizou a necessidade de cumprir a lei internacional, especialmente a proteção de civis, sobretudo crianças, exigindo que todas as partes não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária.
Esta foi a quinta tentativa do Conselho de Segurança desde que os militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, resultando em 1.200 mortes e 240 reféns. A resolução também saúda as entregas iniciais e limitadas de ajuda, instando à sua ampliação. Após o impasse anterior, a Assembleia Geral da ONU adotou, em 28 de outubro, uma resolução pedindo uma trégua humanitária imediata e acesso de ajuda à Faixa de Gaza, com 121 votos a favor.