Neste sábado, 7 de outubro, uma série de ataques coordenados pelo grupo palestino Hamas deixou um rastro de destruição e morte em Israel, gerando uma escalada de violência que se estendeu à Faixa de Gaza. Os confrontos resultaram em pelo menos 200 israelenses mortos e 1,1 mil feridos em tiroteios que ocorreram em mais de 20 locais dentro de Israel. Em resposta, as forças israelenses realizaram ataques aéreos na Faixa de Gaza, matando pelo menos 230 pessoas e deixando 1,6 mil feridos, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil anunciou que está monitorando a situação das comunidades brasileiras na região. Estima-se que 14 mil brasileiros residam em Israel e 6 mil na Palestina, com a maioria deles fora da área afetada pelos ataques, de acordo com a nota oficial do órgão. No entanto, um brasileiro ficou ferido e está hospitalizado, e a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência. Além disso, a embaixada busca contato com outros dois brasileiros que estavam em um local atacado.
A tensão na região foi descrita por moradores, como o técnico de ginástica artística Felipe Bichof, que reside em Tel Aviv. Segundo ele, a cidade está deserta, embora seja considerada uma zona segura, e o clima de apreensão é palpável. Bichof destacou que o maior temor neste momento é que a violência escalasse ainda mais com a entrada de outros países no conflito.
Carolina Rizzo, jornalista também moradora de Tel Aviv, compartilhou relatos semelhantes, descrevendo a cidade como deserta e angustiante. Ela mencionou que teve que ir para um abrigo anti-bombas em resposta a sirenes de alerta de míssil durante a entrevista à TV Brasil.
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), convocou uma reunião extraordinária do conselho para discutir a situação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou choque com o ataque do Hamas e apelou à comunidade internacional para retomar as negociações em busca de uma solução que garanta a existência de um Estado Palestino convivendo pacificamente com Israel.
Os posicionamentos em apoio aos palestinos e a Israel também começaram a se manifestar. O movimento global Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) condenou o que chamou de “hipocrisia colonial” e destacou o direito dos palestinos de se defenderem. Enquanto isso, a Federação Israelita do Estado de São Paulo manifestou apoio ao Estado de Israel, ressaltando seu direito e dever de proteger seu território e população.