Ação coletiva acusa maior distribuidora de eletricidade do Havaí pelos incêndios mortais em Maui

Hawaiian Electric enfrenta processo após incêndios que deixaram 93 mortos e devastaram a antiga capital do arquipélago

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A Justiça do Havaí, nos Estados Unidos (EUA), está no centro de uma ação coletiva que lança acusações graves contra a Hawaiian Electric, a principal distribuidora de eletricidade do arquipélago. O processo, apresentado por três escritórios de advocacia em nome das vítimas dos incêndios de Lahaina, antiga capital do Havaí e uma área turística popular, alega que a empresa é responsável pelas chamas que ceifaram a vida de 93 pessoas.

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O processo argumenta que a Hawaiian Electric, que fornece eletricidade para 95% do estado, negligenciou a segurança pública ao manter suas linhas de energia operacionais em condições de alto risco de incêndio. A ação alega que a empresa “indesculpavelmente deixou as suas linhas de energia operacional durante as condições previstas de alto risco de incêndio”, o que resultou na tragédia.

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As circunstâncias dos incêndios são marcadas por relatos angustiantes de moradores que não receberam alertas oficiais sobre a ameaça iminente, levando a uma resposta ineficaz e à perda de vidas. Testemunhas descrevem uma situação caótica e aterrorizante, onde o fogo parecia surgir repentinamente, levando a uma corrida frenética pela sobrevivência. A falta de um alerta amplo e a rápida propagação das chamas agravaram ainda mais a situação.

Os advogados que representam as vítimas destacam que a destruição poderia ter sido evitada se a Hawaiian Electric tivesse seguido os avisos do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA e desligado as linhas elétricas durante as condições de vento forte previstas. Essa prática de desligar linhas de energia em condições de alto risco de incêndio é comum em partes do oeste dos Estados Unidos para evitar desastres similares, como os frequentes incêndios na Califórnia.

A tragédia também trouxe à tona falhas no sistema de alerta do Havaí. Quando os incêndios eclodiram, o sistema de alarme, um dos maiores do mundo, não foi ativado, resultando em perdas materiais estimadas em cerca de US$ 6 bilhões e vidas perdidas. As autoridades estão enfrentando críticas e a Procuradora-Geral do Havaí, Anne López, anunciou uma investigação completa sobre a resposta das autoridades ao desastre.

Até o momento, apenas duas das 93 vítimas foram identificadas devido à extrema destruição causada pelo fogo. O processo de identificação é moroso, envolvendo verificações genéticas ou dentárias. Autoridades alertam que mais vítimas podem ser encontradas à medida que as buscas nas áreas devastadas continuam.

Os incêndios que assolaram Maui são considerados os mais graves nos EUA em mais de um século. O governador do Havaí, Josh Green, descreveu-os como um “furacão de fogo”, uma nova e devastadora realidade decorrente das mudanças climáticas globais. A ação coletiva contra a Hawaiian Electric representa um passo importante para buscar responsabilização diante dessa tragédia de proporções inéditas.

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