Dólar fecha abaixo de R$ 5,80 pela 12ª vez seguida; Ibovespa recua após ata do Copom

Moeda norte-americana mantém trajetória de queda, enquanto mercado de ações reage negativamente a sinalizações do Banco Central.

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O mercado financeiro registrou um dia de contrastes nesta terça-feira (4), com o dólar caindo pelo 12º pregão consecutivo e fechando abaixo de R$ 5,80 pela primeira vez desde novembro. Enquanto isso, a bolsa de valores recuou, influenciada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

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Dólar atinge menor valor desde novembro

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,771, com queda de R$ 0,022 (-0,76%). A moeda iniciou o pregão próxima da estabilidade, refletindo as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, mas passou a recuar após a divulgação de dados fracos da economia norte-americana. Essa é a menor cotação desde 19 de novembro e representa um recuo acumulado de 6,59% em 2025, configurando a maior sequência de quedas diárias do dólar desde a implantação do Plano Real.

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A tendência de desvalorização do dólar se manifestou globalmente, impulsionada pela divulgação de que o número de vagas de trabalho abertas nos Estados Unidos caiu em 556 mil em janeiro. Esse esfriamento do mercado de trabalho aumentou as expectativas de cortes mais agressivos nos juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, o que favorece a entrada de capitais em economias emergentes como o Brasil.

Ibovespa tem dia volátil e fecha em queda

Em contrapartida, o mercado de ações teve um dia de turbulência. O índice Ibovespa, principal referência da B3, recuou 0,65%, encerrando aos 125.147 pontos. As ações de empresas exportadoras lideraram as perdas, influenciadas pelo fortalecimento do real, enquanto os papéis de instituições financeiras ajudaram a conter uma queda maior.

O mau desempenho do Ibovespa foi impulsionado pela divulgação da ata do Copom, considerada rigorosa por analistas. O documento revelou preocupação com a inflação dos alimentos e o risco de sua propagação para outros setores da economia. Isso aumentou as expectativas de que o Banco Central possa elevar os juros na próxima reunião, em março. Juros mais altos tendem a reduzir o apetite por investimentos em renda variável, estimulando a migração para ativos de renda fixa, como títulos públicos.

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