O setor cinematográfico brasileiro registrou um marco histórico ao atingir 3.509 salas de cinema em funcionamento no país, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). O número, contabilizado em 1º de janeiro deste ano, representa um crescimento de 31 salas em relação ao recorde anterior, registrado em 2019, antes do impacto da pandemia de covid-19.
O Ministério da Cultura destacou que o aumento reflete políticas públicas voltadas à descentralização do acesso ao audiovisual e à inclusão cultural. “Esse crescimento reflete um compromisso com a descentralização do acesso ao audiovisual e a inclusão cultural, com soluções de acessibilidade, alcançando pessoas com deficiência visual e auditiva”, afirmou a pasta em comunicado oficial.
Cidades como Monte Carmelo e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Miracema, no Rio de Janeiro, celebraram a inauguração de suas primeiras salas de cinema, ampliando o acesso ao entretenimento audiovisual para regiões anteriormente desassistidas. Já Viçosa, em Alagoas, comemorou a reabertura de um cinema que esteve fechado por três décadas, um feito que reforça a valorização da memória cultural local.
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Outro dado positivo foi registrado na bilheteria. Em 2024, 121 milhões de pessoas frequentaram as salas de cinema em todo o país, impulsionando a indústria e marcando a retomada do público após o período pandêmico. O destaque do ano foi o crescimento no número de espectadores de produções nacionais, que dobrou em relação ao ano anterior.
Entre os sucessos nacionais, o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres, foi um fenômeno de público e crítica, rendendo à atriz o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama, uma conquista inédita para o cinema brasileiro.