O Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), consolidou-se como a forma de pagamento mais utilizada no Brasil. Lançada há quatro anos, a ferramenta foi apontada como o meio de transação mais frequente por 46% dos brasileiros e é utilizada por 76,4% da população. Os dados são da pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada nesta quarta-feira (4).
Desde sua estreia em 2020, o Pix mostrou crescimento exponencial. Em 2021, poucos meses após o lançamento, 46% da população já utilizava a ferramenta, mas apenas 17% a consideravam a forma de pagamento mais frequente. Atualmente, o sistema ultrapassou o dinheiro em espécie, que agora ocupa o terceiro lugar, sendo usado por 68,9% dos brasileiros e com maior frequência por 22% dos entrevistados.
Cartões também são destaque
O cartão de débito aparece como o segundo meio de pagamento mais popular, utilizado por 69,1% da população e considerado o mais frequente para 17,4%. Já o cartão de crédito, usado por 51,6%, é a forma predominante para compras em estabelecimentos comerciais, com 42% de preferência.
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Perfil do uso de dinheiro em espécie
Apesar da ascensão do Pix e da ampla adoção de meios digitais, o dinheiro físico ainda desempenha um papel relevante, especialmente entre pessoas com menor renda. Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos, 75% utilizam cédulas e moedas. Esse percentual cai para 58,3% entre quem ganha mais de dez salários mínimos.
O uso de dinheiro também é maior entre idosos: 72,7% dos brasileiros com 60 anos ou mais ainda fazem uso de cédulas e moedas, enquanto entre os jovens de 16 a 24 anos, o percentual é de 68,6%.
Metodologia e objetivo da pesquisa
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 28 de maio e 1º de julho, abrangendo todas as capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes. O estudo, que possui nível de confiança de 95% e margem de erro de 3,1%, também investigou a conservação de cédulas, uso de moedas e reconhecimento de itens de segurança do Real.
De acordo com o BC, o objetivo principal é melhorar a gestão dos meios circulantes e reforçar a divulgação sobre as características do dinheiro físico. Apesar da crescente digitalização dos pagamentos, a entidade ressalta que o dinheiro vivo “ainda se faz bastante presente na vida dos brasileiros”.