Em maio, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um aumento de 0,2 ponto, atingindo 95,8 pontos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. O balanço revela que esse é o maior valor desde outubro de 2022. Na análise das médias móveis trimestrais, o índice apresentou um avanço de 0,4 ponto.
O economista César Bergo destaca que esse resultado é positivo para a economia brasileira em função de vários fatores, como o aumento nos investimentos.
“Empresas mais confiantes tendem a investir mais em seus negócios. Esses investimentos, no longo e médio prazo, acabam ajudando o crescimento econômico. Também tem a questão da geração de empregos, porque acaba dando mais confiança para a contratação de pessoas”, explica.
Municípios e expectativas
Para o diretor comercial da Line Bank BR, Helio Lima, a partir do momento que um grupo da economia registra um avanço, também há geração de empregos nos municípios.
“Vai gerar desenvolvimento, gerar impostos. Então os municípios são diretamente afetados por essa perspectiva positiva”, aponta.
Para Lima, as projeções para os próximos meses são positivas. Entretanto, ele destaca um retrocesso no comércio.
“O comércio baixou quatro pontos percentuais, acreditamos que seja pela questão do Rio Grande do Sul. Então muito do que vai acontecer nos próximos meses, de projeção, vai depender de como será sinalizado o comunicado da reconstrução do estado”, ressalta.
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Cesar Bergo pontua que os municípios com melhor preparo em termos de infraestrutura urbana serão mais beneficiados com o resultado positivo.
“A tendência é que haja um investimento maior pros próximos meses, em função das questões econômicas, como o aumento da inflação, a redução na velocidade da queda da taxa de juros. Também o cenário internacional, que pode impactar negativamente esse otimismo dos empresários, mas de toda forma, a perspectiva de crescimento econômico”, conclui.
Segundo os dados, o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) aumentou em 0,1 ponto, atingindo 95,6 pontos, com um impulso vindo da melhoria nas projeções para os negócios nos próximos seis meses.
A empresária Soraya Amorim é sócia da Benita Paninoteca. Localizada na Asa Sul (região administrativa do Distrito Federal), a empresa tem raízes italianas e trabalha com produção e venda de panificação e massas artesanais.
Amorim explica que a Benita está em um momento de crescimento, influenciada pela contratação de um agência de comunicação, parceria com outros restaurantes e mudança no cardápio.
“A expectativa para os próximos meses é de contratar mais duas pessoas e continuar nesse fluxo de crescimento”, afirma a empresária.