Endividamento das famílias brasileiras diminui, mas inadimplência aumenta, revela pesquisa da CNC

Em agosto, o índice de endividamento das famílias brasileiras registrou queda pelo segundo mês consecutivo

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O endividamento das famílias brasileiras teve uma redução significativa em agosto, caindo para 77,4%, o menor nível desde junho de 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta terça-feira (9). No entanto, a pesquisa revelou uma tendência preocupante: o aumento da inadimplência, com 30% das pessoas relatando contas atrasadas.

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A economista responsável pela Peic, Izis Ferreira, destacou que dois fatores contribuíram para a redução do endividamento. Primeiramente, um contexto de inflação mais baixa em comparação com o ano anterior e um mercado de trabalho que se mostrou resiliente, absorvendo pessoas com menor grau de instrução, permitindo-lhes uma folga no orçamento. Isso resultou em um menor número de pessoas recorrendo ao crédito para o consumo de bens e serviços.

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Por outro lado, a proporção de inadimplentes atingiu 30%, igualando o resultado de dezembro de 2022. Izis Ferreira enfatizou que muitos consumidores estão enfrentando dificuldades para pagar várias modalidades de dívidas dentro do prazo de vencimento, o que torna a situação ainda mais desafiadora.

Outro dado alarmante revelado pela pesquisa é o aumento no número de consumidores que afirmam não conseguir pagar suas contas atrasadas, mantendo-se inadimplentes. Essa proporção atingiu 12,7%, a mais alta da série histórica iniciada em janeiro de 2010, afetando principalmente aqueles com renda de até três salários mínimos.

A pesquisa da CNC também destacou o cartão de crédito como a principal fonte de endividamento das famílias brasileiras, com 85,5% dos consumidores endividados utilizando essa modalidade. Em seguida, as principais formas de dívida incluem carnês (17,1%), crédito pessoal (9,2%) e financiamentos de carros (7,9%) e casas (7,5%).

Os dados da Peic mostraram que o tempo médio de comprometimento com dívidas é de 6,9 meses, enquanto o tempo médio de atraso nos pagamentos é de 63 dias. A parcela da renda comprometida com dívidas atingiu 29,9%.

A CNC estima que a proporção de endividados continue a cair nos próximos meses, aproximando-se de 77% entre setembro e outubro. No entanto, prevê um aumento no endividamento na reta final de 2023, encerrando o ano próximo a 78% do total de famílias endividadas. A pesquisa ressalta a necessidade de os consumidores gerenciarem suas dívidas de forma responsável, especialmente em um cenário de aumento da inadimplência.

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