Nesta segunda-feira, 28 de agosto, a Caixa Econômica Federal realiza o pagamento da parcela referente a agosto do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7. Esta é a terceira parcela que inclui o novo adicional de R$ 50 destinado às famílias com gestantes e filhos entre 7 e 18 anos.
Desde março deste ano, o programa Bolsa Família também incorporou um adicional de R$ 150 destinado às famílias que possuem crianças de até 6 anos. Com essa inclusão, o valor total do benefício pode atingir R$ 900 para famílias que preenchem os requisitos para receber ambos os adicionais.
O benefício tem um valor mínimo de R$ 600, mas com as recentes adições, o valor médio do auxílio subiu para R$ 686,04. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa beneficiará 21,14 milhões de famílias, gerando um gasto de R$ 14,25 bilhões.
Uma mudança importante foi implementada a partir de julho: a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Isso permitiu um cruzamento de informações que levou ao cancelamento de 99,7 mil famílias do programa, devido a rendas superiores aos limites estabelecidos. O CNIS reúne mais de 80 bilhões de registros administrativos relativos a renda, empregos formais e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Contudo, como contrapartida, aproximadamente 300 mil famílias foram incluídas no programa em agosto. Essa inclusão se deve à política de busca ativa, que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas ainda não recebem o benefício. Desde março, mais de 1,6 milhão de famílias passaram a integrar o Bolsa Família.
Além disso, cerca de 2,1 milhões de famílias estão enquadradas na regra de proteção deste mês. Em vigor desde junho, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício por até dois anos, desde que cada membro não ultrapasse a marca de meio salário mínimo. Nesse contexto, o benefício médio alcançou R$ 377,42.
Desde o início do ano, o programa social retomou o nome de Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que destinou até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos em 2023, incluindo R$ 70 bilhões para o custeio do benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após uma análise minuciosa do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que resultou no corte de benefícios de cerca de 3 milhões de pessoas devido a inconsistências nos registros.
O modelo tradicional do Bolsa Família prevê o pagamento nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem acessar informações sobre datas de pagamento, valor do benefício e composição das parcelas pelo aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Nesta mesma segunda-feira, também está programado o pagamento do Auxílio Gás às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com NIS final 7. O valor do auxílio foi ajustado para R$ 108 devido às reduções recentes nos preços dos botijões.
Com previsão de continuidade até o final de 2026, o programa do Auxílio Gás beneficia 5,63 milhões de famílias neste mês. A Emenda Constitucional da Transição e a medida provisória do Novo Bolsa Família garantem que o benefício corresponda a 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o final deste ano.
Podem receber o Auxílio Gás aqueles que estejam incluídos no CadÚnico e possuam pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que instituiu o programa prioriza mulheres responsáveis pelas famílias e mulheres vítimas de violência doméstica.
