Ministério bloqueia verbas do Auxílio Gás para cumprir teto de gastos, mas negocia manutenção do programa

Recursos destinados ao Auxílio Gás são temporariamente retidos devido ao limite estabelecido pelo teto de gastos de 2023; Ministério assegura não afetar pagamentos e espera liberação total até dezembro.

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Neste sábado (5), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) confirmou o bloqueio de verbas previamente orçadas para sustentar o pagamento do Auxílio Gás, um dos importantes programas sociais do governo. Apesar do contingenciamento de recursos, a pasta ressaltou que o benefício não será interrompido.

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O bloqueio de verbas do Auxílio Gás foi oficialmente comunicado ao Congresso Nacional através de um decreto em 28 de julho. A revelação veio à tona recentemente pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em um levantamento realizado pela Associação Contas Abertas, uma organização dedicada a monitorar os gastos públicos.

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A necessidade de contingenciar recursos decorre do limite imposto pelo teto de gastos vigente em 2023. O valor total bloqueado chega a R$ 1,5 bilhão e afeta dez pastas, sendo que Saúde e Educação representam metade dos valores retidos.

No que diz respeito ao Ministério do Desenvolvimento, foram contingenciados R$ 144 milhões. A pasta assegura ter realocado o orçamento de maneira a não prejudicar os pagamentos de programas sociais. Quanto ao Auxílio Gás, o ministério afirma que a despesa bloqueada “será executada somente no mês de dezembro”, expressando otimismo quanto à liberação integral dos recursos até então.

Em nota oficial, o MDS declarou: “Caso o desbloqueio do Orçamento Federal seja insuficiente, o MDS fará um remanejamento de recursos de outras ações discricionárias para garantir o pagamento do Auxílio Gás, cumprindo a diretriz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer os recursos federais chegarem a quem mais precisa.”

O Auxílio Gás, atualmente, opera como um programa complementar ao Bolsa Família e é pago a cada dois meses, correspondendo ao valor de um botijão de gás. No mês de abril, por exemplo, o montante repassado foi de R$ 110 para 5,7 milhões de famílias, de acordo com os dados do MDS.

O bloqueio de gastos poderá, também, ser reavaliado caso seja definitivamente aprovado no Congresso o novo arcabouço fiscal. Este conjunto de medidas visa substituir as regras do teto de gastos, que foram estabelecidas em 2016 durante o governo de Michel Temer. A proposta já passou pela aprovação na Câmara dos Deputados, mas atualmente está sendo reanalisada pelos parlamentares após sofrer modificações no Senado.

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