O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 4,5% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Monitor do PIB, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Embora esses resultados não sejam oficiais, uma vez que o cálculo oficial do PIB é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles fornecem um panorama preliminar sobre o desempenho econômico do país.
No comparativo com o último trimestre de 2022, a economia brasileira apresentou um crescimento de 1,6%, indicando uma recuperação contínua após os desafios enfrentados no período anterior. No mês de março, especificamente, houve um avanço de 1,8% em relação a fevereiro, e a expansão em comparação com março do ano anterior atingiu 4,5%.
Um dos principais impulsionadores desse crescimento foi o consumo das famílias, que registrou um aumento de 4,7% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi especialmente impulsionado pelos gastos com serviços e bens não duráveis, refletindo a retomada gradual da confiança dos consumidores.
No entanto, os investimentos, representados pela formação bruta de capital fixo, tiveram um avanço mais modesto, com um aumento de apenas 0,2%. Esse desempenho foi prejudicado pela queda de 3,4% na parte de máquinas e equipamentos, indicando alguns desafios enfrentados nesse segmento específico.
No cenário das transações internacionais, as exportações apresentaram um crescimento de 5,7%, impulsionadas pelos produtos da indústria extrativa mineral e pelos serviços. Em contrapartida, as importações registraram uma queda de 2,1%, influenciada pela redução nas compras de produtos agropecuários, da indústria extrativa e de bens intermediários.
Vale ressaltar que o Monitor do PIB/FGV estima mensalmente o Produto Interno Bruto brasileiro utilizando a mesma metodologia adotada pelas Contas Nacionais Trimestrais do IBGE. Embora os dados oficiais ainda não tenham sido divulgados, essas informações preliminares sinalizam um crescimento positivo da economia brasileira no primeiro trimestre de 2023, com alguns setores desempenhando de forma mais robusta do que outros.