Um turista de 58 anos foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (22) após ele e outros dois amigos entrarem acidentalmente na Comunidade do Oitão Preto, no Bairro Moura Brasil, em Fortaleza. As vítimas, que estavam na capital cearense para participar de um evento automotivo, seguiram a rota indicada pelo GPS, que os conduziu a uma área dominada por uma facção criminosa.
Segundo o empresário Antônio Damilton Rodrigues da Silva, ele, o representante comercial Aldete Rogério Saldanha e o empresário João Paulo Henrique de Freitas partiram de Teresina, no Piauí, em uma caminhonete no final da tarde desta quarta-feira (21), com destino à capital cearense. O grupo planejava participar de uma feira automotiva.
Os amigos tinham como destino um hotel de luxo localizado na Avenida Presidente Castelo Branco. No caminho, o GPS sugeriu uma rota que os levou à comunidade, conhecida por ser uma área de risco. “Logo na entrada começaram a jogar várias pedras no carro. Como a gente não conhecia, acelerou para tentar sair dali, aí mais à frente tinha uma barricada na via, que conseguimos passar, mas acabamos em uma rua sem saída. Foi o momento que os criminosos atiraram mais de 20 vezes no veículo”, relatou Antônio Damilton ao g1.
Ainda segundo o empresário, um dos disparos atingiu o rosto do representante comercial Aldete Rogério, que morreu no local. Damilton e João Paulo, que estava conduzindo a caminhonete, conseguiram sair do veículo e correram pelas ruas da comunidade em busca de proteção. Os dois sobreviventes foram resgatados posteriormente por policiais militares.
A Secretaria da Segurança Pública informou, em nota, que a Polícia Civil já está investigando o caso e realizando buscas com o objetivo de capturar os criminosos envolvidos no ataque.
Os organizadores do evento automotivo em que Aldete Rogério participaria lamentaram profundamente a tragédia. “Lamentamos profundamente essa perda e nos solidarizamos com os familiares e amigos da vítima, assim como com os demais envolvidos, que enfrentaram momentos de extremo perigo e insegurança”, declararam.
A investigação segue em andamento, e a polícia trabalha para esclarecer os detalhes do ocorrido.