A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Núcleo Regional de Inteligência do Ministério do Trabalho e Previdência, deflagrou a Operação Papili na manhã desta quinta-feira (11) em Pindoretama, Cascavel e Itaiçaba, no Ceará. O objetivo da operação é combater uma organização criminosa que adquire ou falsifica documentos públicos, como RG, CPF e certidões de nascimento, para criar pessoas inexistentes e obter benefícios previdenciários ilícitos. A PF está cumprindo 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal.
A operação Papili conta com a participação de 110 policiais federais e tem como alvo a investigação de uma organização criminosa que possui até 150 cartões magnéticos de benefícios do INSS, que são sacados mensalmente. A investigação aponta para a prática intensa dos investigados para a obtenção de benefícios fraudulentos da espécie Amparo Social ao Idoso, bem como há indícios da prática de outros delitos, como ameaças e homicídios, com o intuito de acobertar e assegurar a impunidade dos crimes investigados.
Até o momento, o prejuízo aos cofres públicos decorrente da ação criminosa é de R$ 6,6 milhões, mas a operação Papili interrompe a atuação dos suspeitos que poderia culminar em prejuízos superiores a um bilhão de reais. As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, com penas de até 30 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido na operação.
O nome da operação remete ao nome dado pelos investigados aos cartões magnéticos, que são provas das fraudes. As investigações continuam, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos.