A entrada em bares, restaurantes, buffets e academias, dentre outros estabelecimentos do Ceará, deverá exigir da população a apresentação do passaporte de vacinação, documento que comprova o esquema vacinal completo contra a covid-19, com as duas doses ou dose única da vacina. A cobrança também deverá ser válida para as festividades do fim do ano. O tema foi debatido nesta segunda-feira (8) durante reunião realizada na Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag) e representantes do setor de eventos.
“Levaremos para a próxima reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus a proposta de exigência do passaporte de vacinação para que as pessoas possam frequentar os diversos tipos de ambientes, de todos os segmentos da atividade econômica, inclusive aqueles que ainda estão com a sua capacidade restrita. O passaporte é um aplicativo já desenvolvido pelo Governo do Ceará para que seja um instrumento que facilite e organize a presença dessas pessoas nos estabelecimentos. Queremos que todas as atividades econômicas, assim como as festividades de fim de ano, sejam retomadas da forma mais segura possível”, destacou o secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Flávio Ataliba, que também é coordenador do Plano de Retomada das Atividades Econômicas.
A secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde (Sesa), Ricristhi Gonçalves, afirmou que toda a cadeia produtiva do setor de eventos tem sido muito colaborativa no processo de retomada das atividades econômicas. Ela alertou, contudo, que a exigência do passaporte de vacinação é necessária para evitar retrocessos. “Não queremos voltar a um cenário desfavorável. Temos em Fortaleza a realidade de uma excelente cobertura vacinal, mas isso não ocorre em alguns municípios menores do Ceará. Nos próximos decretos, vamos olhar para esses municípios. E as festividades de fim de ano estarão atreladas ao percentual de vacinação. Assim, o certificado de vacinação será exigido para todos. Precisamos localizar as pessoas que não foram vacinadas. Elas não podem circular livremente, pois não é seguro para elas e não é seguro para nós”, disse.
Conforme Ricristi, o Ceará vem registrando uma quantidade de casos de Covid-19 muito inferior à verificada nas duas ondas da doença no Estado. No entanto, é necessário monitorar rigorosamente esses casos, pois pode haver uma mudança de cenário. “O fato de o cenário estar seguro neste momento não significa que ele vai permanecer assim. Se a gente relaxa muito nas medidas ou se o município não tem tantas pessoas completamente vacinadas, existe um risco de aumentar a transmissão, as pessoas podem necessitar de internação e a gente corre o risco de registrar novos óbitos”, afirmou.
A próxima reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus está marcada para a próxima sexta-feira (12).