O incentivo à pesquisa, ampliação das opções terapêuticas, resgate de saberes populares, bem como a preservação da biodiversidade são algumas das vantagens da implantação das Farmácias Vivas. Cultivadas no Horto Estadual da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), aproximadamente 30 espécies de plantas medicinais estão regulamentadas para a utilização em serviços relacionados à Fitoterapia. Em 2021, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e de Práticas Integrativas Complementares completa 15 anos.
“A Fitoterapia da Sesa oferece à população a planta medicinal certificada e os fitoterápicos com orientação para o uso racional de plantas nas Farmácias Vivas implantadas nos municípios cearenses”, afirma Andrea Ramalho, farmacêutica da Sesa.
A profissional ressalta que as Farmácias Vivas possibilitam também uma redução no orçamento. “Os municípios conseguem reduzir os custos com as compras de medicamentos, além de ser também uma forma de aproximar os profissionais da população, já que, para o uso dos produtos, são necessárias orientações”, diz, destacando que a Fitoterapia fortalece a Atenção Primária.
Relação das Plantas Medicinais
O Ceará tem em sua Relação de Plantas Medicinais insumos para prevenção, diagnóstico e tratamento. São elas: açafrão, agrião-bravo, alecrim pimenta, alfavaca-cravo, aroeira do sertão, babosa, cajazeira, capim santo, chambá, colônia, confrei, cumaru, erva-cidreira, eucalipto-medicinal, funcho, gengibre, goiabeira-vermelha, guaco, hortelã-japonesa, holmes, hortelã-rasteira, malvarisco, malva-santa, maracujá, mastruço, melão-de-são-caetano, mentrasto, mororó, pau d’arco roxo, quebra pedra e romãzeira.
A composição da relação foi elaborada pelo Comitê Estadual de Fitoterapia, em 20 de março de 2012, por meio da Portaria nº 275.
Farmácias Vivas
Podem ser implantadas três modelos de Farmácias Vivas. O primeiro deles possui cultivo e dispensação de plantas in natura; há o modelo intermediário, com cultivo e dispensação de plantas medicinais secas (plantas que passaram por processo chamado beneficiamento primário) – neste modelo também se trabalha com agricultura familiar. O terceiro modelo, mais complexo, conta com preparação de fitoterápicos para dispensação em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).