Duas cidades cearenses tiveram mudanças na grafia do nome reconhecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As alterações ocorrem nas cidades de Ereré (anteriormente Ererê) e Itapajé (ou Itapagé, como antes era registrada).
Itapajé já era grafada com “J” em documentos municipais e estaduais. Placas, letreiros nos equipamentos da cidade, comércios… a cidade é sempre é escrita com “J”, mas os órgãos federais, como o IBGE, emitiam seus documentos com citações à cidade com um “G”, “Itapagé”.
Quem pesquisava informações do censo e procurasse “Itapajé” no site do IBGE se deparava com um aviso “Cidade não existente” ou “não encontrada”. Uma resposta no mínimo estranha para quem vive lá.
Um ato legal da cidade então confirmou de vez: a escrita correta é “Itapajé”. Com a mudança em lei, o IBGE passa a reconhecer a grafia já consolidada na cidade.
A justificativa é que Itapajé é um topônimo de origem tupi, significa “feiticeiro de pedra”. E como palavras de origem indígena, ela deve ser grafada com “J”, da mesma forma que canjica, jerimum e jiboia.
De Ererê para Ereré
Em Ereré, a mudança é ainda mais sutil, apenas o acento, que deixa de ser um circunflexo e passa a ser um agudo.
O município era registrado oficialmente até os anos 1990 como Ereré. Na década seguinte, se popularizou entre os moradores a forma “Ererê”, como uma espécie de apelido da cidade. O apelido foi se popularizando e, com o passar dos anos, prefeitos chegaram a registrar Ererê em documentos oficiais.
Com o nome oficial de Ereré e documentos anotando Ererê, criou-se a confusão entre gestores e moradores.
Em 2020, com a formalização da grafia Ereré, muitas pessoas ficaram na dúvida se os candidatos a prefeito e vereador iriam governar Ereré ou Ererê.
Uma consulta realizada nesta quarta-feira (24) nos sites oficiais da Prefeitura de Ereré e Aprece (Associação dos Prefeitos e Prefeituras do Ceará) ainda revela a grafia “Ererê” em ambos os portais, embora o IBGE não reconheça mais essa forma como a correta.
Fonte: G1