Sete pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram várias cidades do estado de São Paulo na noite de sexta-feira (11). Um balanço atualizado pela Defesa Civil, divulgado por volta das 11h deste sábado (12), confirmou as fatalidades, incluindo uma morte em Diadema, na Grande São Paulo, onde uma pessoa foi atingida pela queda de uma árvore no bairro Casa Grande. Outras duas vítimas faleceram em Cotia, também na região metropolitana, após serem soterradas pela queda de um muro. As vítimas chegaram a ser socorridas, mas não resistiram.
Na capital paulista, no bairro do Campo Limpo, a queda de uma árvore em um condomínio causou a morte de uma pessoa e deixou outra ferida. No interior do estado, em Bauru, o desabamento de um muro vitimou fatalmente uma mulher, um homem e uma criança.
Segundo a Defesa Civil, as rajadas de vento na região metropolitana de São Paulo alcançaram 107,6 km/h, a maior velocidade registrada desde 1995. Desde o início do temporal, o Corpo de Bombeiros atendeu cerca de 150 chamados para remoção de árvores caídas.
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Prejuízos e interrupções
Os fortes ventos e as chuvas causaram diversos transtornos. Em São Paulo, a falta de energia afetou vários bairros, e o Aeroporto de Congonhas teve suas operações suspensas temporariamente na noite de sexta. Entre 19h53 e 20h12, pousos e decolagens foram interrompidos, resultando no desvio de seis voos para outros aeroportos e o cancelamento de duas decolagens. Neste sábado, as operações no aeroporto foram retomadas normalmente.
A travessia de balsas entre São Sebastião e Ilhabela também foi interrompida devido aos ventos fortes, enquanto o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) informou que as estradas do estado não sofreram interdições significativas.
Impacto no abastecimento de água e energia
A falta de energia na Grande São Paulo afetou o fornecimento de água em diversas cidades da região metropolitana, incluindo São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André e Cotia, já que equipamentos de bombeamento foram prejudicados. A Sabesp orientou os moradores a usarem a água armazenada com consciência, alertando para o impacto nas estações elevatórias. No interior, cidades como São Roque, Araçariguama, Boituva e Itobi também enfrentam problemas no abastecimento de água.
A Enel, responsável pela distribuição de energia, informou à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) que cerca de 1,6 milhão de clientes ainda estão sem energia elétrica na capital paulista. Equipes estão trabalhando para normalizar o fornecimento.