Desde o lançamento do novo modelo, em julho de 2022, vinte milhões de brasileiros já emitiram a Carteira de Identidade Nacional (CIN). O dado foi divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) nesta segunda-feira (10). Entre os estados que mais emitiram o documento estão Minas Gerais (2,46 milhões), Rio Grande do Sul (1,92 milhão) e São Paulo (1,91 milhão). Já em proporção à população, os estados com maior adesão são Piauí (29,78%), Acre (23,79%) e Alagoas (19,22%).
A meta do governo federal é que até o final de 2026, cerca de 130 milhões de brasileiros tenham a nova carteira de identidade. Apesar da mudança, o modelo antigo (RG) continuará válido até 2032, permitindo que os cidadãos solicitem a troca gradualmente.
Novidades da CIN
A CIN está disponível em formato físico (papel e cartão) e digital, ambos com o mesmo valor legal. A versão digital pode ser acessada pelo aplicativo Gov.br, facilitando o uso em smartphones e tablets.
Veja também
O novo documento traz um número único nacional, o Cadastro de Pessoa Física (CPF), eliminando os diferentes números de identidade que um cidadão poderia ter ao longo da vida em diferentes estados. Segundo o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas, essa padronização aumenta a segurança e a confiabilidade do documento. “A gente eliminou os 27 números diferentes que as pessoas podiam ter no documento de identidade”, explicou Mascarenhas. Além disso, a CIN se torna um meio mais seguro para acessar serviços públicos e evitar fraudes.
Um dos avanços mais importantes do novo modelo é o QR Code localizado na parte de trás do documento, que permite verificar sua autenticidade de forma rápida. Outra funcionalidade é a possibilidade de incluir dados de outros documentos, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Cartão Nacional de Saúde, título de eleitor e certificado de reservista militar. A inclusão é opcional e pode ser solicitada no momento da emissão.
Experiência de quem já tem a CIN
O estudante Samuel Veiga, de 11 anos, morador de Brasília, foi um dos primeiros a obter a nova identidade em agosto de 2024. Como participa frequentemente de campeonatos esportivos, ele utiliza a CIN para comprovar sua idade em competições. “Já usei para ir ao médico e para participar de alguns campeonatos de basquete, futebol e tênis de mesa”, relatou o estudante.
Seu pai, o professor Leonardo Romeiro Mendes, também aproveitou para atualizar seu documento na mesma ocasião. Ele destacou a praticidade do processo de agendamento e emissão. “Para agendar, entrei no site do governo do DF e consegui marcar para o dia seguinte. No atendimento, tiram a foto e coletam os dados na hora. Foi muito tranquilo”, disse.
Como emitir a nova identidade
A primeira via da CIN é gratuita e pode ser solicitada nos institutos de identificação das 27 unidades da Federação. Como cada estado tem regras próprias para emissão, o MGI disponibilizou uma lista com links estaduais no site gov.br/identidade.
Para solicitar a CIN, é necessário apresentar a certidão de nascimento (para solteiros) ou casamento (para casados), além do CPF regularizado na Receita Federal. O agente responsável pela emissão irá coletar dados biométricos e biográficos no momento do atendimento, permitindo também a inclusão de documentos adicionais na versão digital da carteira.
Validade e renovação
O prazo de validade da CIN varia conforme a idade do cidadão:
- Crianças de até 12 anos: validade de cinco anos.
- Entre 12 e 60 anos: validade de dez anos.
- Acima de 60 anos: validade indeterminada.
Caso haja qualquer alteração nos dados cadastrais, a CIN deve ser atualizada. Em caso de perda ou roubo, é necessário registrar um boletim de ocorrência e solicitar a segunda via do documento.
Com a nova Carteira de Identidade Nacional, o Brasil avança na modernização de documentos oficiais, garantindo mais segurança, acessibilidade e praticidade para os cidadãos.
