Consumo aquecido impulsiona geração de empregos, mas acende alerta para a inflação

No acumulado de 2024 até junho, foram gerados 1,3 milhão de novos empregos no país. Nos últimos 12 meses, o saldo foi de 1,7 milhão de vagas adicionais

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Durante a abertura do Mutirão de Emprego em São Paulo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou a importância da capacidade de consumo da população para a criação de novos empregos. “Muita gente fala sobre como gerar empregos, mas não há milagre se o povo não tiver capacidade de consumo”, afirmou Marinho na manhã da última segunda-feira (12).

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O evento ofereceu 20 mil vagas de trabalho em diversas áreas, além de cursos profissionalizantes. O mutirão também incluiu iniciativas voltadas para aumentar a participação feminina no mercado. Foram oferecidas bolsas de estudo para mulheres em cursos de formação em vigilante patrimonial, com inscrições abertas até 20 de setembro.

Mais empregos

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a capital paulista alcançou 4,89 milhões de empregos formais em junho de 2024, um aumento de 3,52% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

De acordo com o Caged, o Brasil criou 201.705 novos postos de trabalho em junho de 2024. O número total de vínculos celetistas ativos foi de 46,8 milhões, o que representa um crescimento de 0,43% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2024 até junho, foram gerados 1,3 milhão de novos empregos e, nos últimos 12 meses, o saldo foi de 1,7 milhão de vagas adicionais.

Leonardo Fernandes, assessor de investimentos, comenta que o aumento da capacidade de consumo é vital para a economia:

“O mercado em si se retroalimenta gerando o seguinte ciclo virtuoso: se a população tem mais renda ela consome mais, se ela consome mais a gente concorda que quem vende produtos, que são as empresas, passam a produzir mais, passam a vender mais e, consequentemente, geram mais lucro. Se uma empresa está crescendo, faturando mais, a continuidade disso é que ela precisa contratar mais gente.” explica Mendes.

Inflação

Mas é preciso ter equilíbrio no mercado. O economista Gean Duarte alerta para o maior risco envolvido no crescimento elevado do consumo:

“Se a gente consome demais, por exemplo, se a gente tem mais poder de compra, se o dinheiro circula mais, acaba que a gente vai comprar mais e os comerciantes, os serviços, eles aumentam o preço. Então, o excesso de consumo na economia pode causar inflação. É a lei da oferta e da demanda. Quanto mais demanda a gente tem pelos produtos, ou seja, quanto mais dinheiro circula no mercado, isso causa a inflação, o aumento dos preços. Então por isso que a gente deve ter um equilíbrio nisso.”

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