Há exatos 17 anos, o Brasil registrava a maior tragédia da aviação nacional

Memorial em São Paulo relembra as 199 vítimas do acidente com o Airbus A-320 da TAM no aeroporto de Congonhas.

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Há exatos 17 anos, às 18h48, o Brasil registrou a maior tragédia da aviação nacional: o acidente com o Airbus A-320 da TAM no aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital paulista. O desastre resultou na morte de 199 pessoas, incluindo 12 vítimas em solo. Naquele dia fatídico, a pista estava molhada e, por conta de uma reforma, estava sem as ranhuras que facilitam a frenagem da aeronave, o chamado “grooving” na linguagem da aviação. Durante o procedimento de pouso, o Airbus atravessou a pista e chocou-se contra um prédio de cargas na avenida Washington Luiz, pertencente à própria companhia aérea.

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O relatório final apontou diversos fatores que contribuíram para o acidente, mas até hoje, depois de 17 anos, ninguém foi considerado culpado pela Justiça. Atualmente, no local da queda, existe um memorial em homenagem às vítimas e, ao centro, um pé de amora que sobreviveu ao acidente.

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O Airbus A-320 da TAM vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e, de acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a companhia aérea havia colocado dois comandantes no mesmo voo, ao invés de um comandante e um co-piloto. Além disso, constatou-se uma demora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que era recém-criada, em implementar regras mais rígidas para operação de aeronaves em Congonhas. Quanto à fabricante Airbus, a aeronave não alertou os pilotos sobre um erro na posição dos manetes.

Atualmente, a única discussão na Justiça que perdura até hoje diz respeito à atualização dos valores a serem pagos pelo seguro obrigatório do transporte aéreo. O jornalista Roberto Corrêa Gomes, que perdeu seu irmão Mário Gomes no acidente, comentou sobre a dor que ainda persiste entre os familiares das vítimas. “Estamos 17 anos mais velhos e muitos jovens, alguns que eram crianças na época, perderam seus pais. Eles estarão lá para homenageá-los. Alguns não vão mais, porque não estão mais entre nós, e os que estão aqui, continuaremos enquanto formos vivos, todos os anos, fazendo essa pequena homenagem, seja no largo da vida, em Porto Alegre, seja na praça 17 de julho, em São Paulo”, disse ele à TV Brasil.

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