O Exército Brasileiro aplicou punições administrativas a 38 militares envolvidos no furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri. A medida disciplinar, segundo o Comando Militar do Sudeste, consiste em prisão disciplinar, com duração variando entre um e 20 dias.
A ausência das armas foi detectada em 10 de outubro do ano passado, durante uma inspeção de rotina. Das 21 metralhadoras originalmente desaparecidas, 19 foram recuperadas até o momento. Entre elas, 13 eram de calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e oito de calibre 7,62.
A recuperação das armas foi um processo desencadeado por ações coordenadas da polícia. Em 19 de outubro, oito metralhadoras foram encontradas pela polícia do Rio de Janeiro no bairro Gardênia Azul, zona oeste da capital fluminense. Dois dias depois, a Polícia Civil de São Paulo localizou nove metralhadoras. Em novembro, mais duas foram recuperadas no Rio de Janeiro, restando ainda duas armas desaparecidas.
O Comando Militar do Sudeste, por meio de nota, informou que o inquérito policial militar, que investiga o caso, foi prorrogado pela Justiça Militar da União em caráter excepcional. A prorrogação foi justificada como necessária devido à complexidade do caso, exigindo a produção de diversos elementos e o retorno de informações e pesquisas. O Exército, no entanto, não divulgou o período exato da prorrogação do inquérito, que continua sob sigilo.