A Caixa Econômica Federal inicia hoje o pagamento da parcela de agosto do novo Bolsa Família, destinada aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) finalizando em 3. Esta terceira parcela do benefício traz consigo um adicional de R$ 50 direcionado a famílias que contam com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, reforçando o suporte às necessidades das camadas mais vulneráveis da população.
Desde março deste ano, o Bolsa Família introduziu um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos, ampliando assim a rede de apoio a esse grupo tão crucial para o desenvolvimento. Com a possibilidade de acumulação desses dois benefícios, o valor total máximo do auxílio pode chegar a R$ 900, desde que os requisitos para ambas as parcelas sejam atendidos.
Com o aporte do novo adicional de R$ 50, o valor médio do benefício apresenta um aumento significativo, passando para R$ 686,04. Neste mês, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará um total de 21,14 milhões de famílias, representando um investimento de R$ 14,25 bilhões.
Uma mudança estratégica implementada em julho consiste na integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Por meio desse cruzamento de informações, cerca de 99,7 mil famílias tiveram seus benefícios cancelados devido a renda que excedeu os limites estabelecidos pelo programa. O CNIS, com mais de 80 bilhões de registros administrativos, abrange informações cruciais relacionadas a renda, vínculos empregatícios e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
No entanto, essa medida também trouxe um aspecto positivo, resultando na inclusão de aproximadamente 300 mil famílias no programa neste mês. Através da estratégia de busca ativa, apoiada pela reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), o programa se concentra na identificação e apoio às pessoas mais vulneráveis que têm direito ao auxílio, mas ainda não estavam recebendo. Desde março, mais de 1,6 milhão de famílias foram incorporadas ao Bolsa Família.
Uma inovação notável é a regra de proteção, que alcança quase 2,1 milhões de famílias em agosto. Essa medida, ativa desde junho, oferece a possibilidade de receber 50% do benefício pelo período de até dois anos para famílias cujos membros obtiverem emprego e conseguirem melhorar sua renda, desde que cada indivíduo receba até meio salário mínimo. Dessa forma, o benefício médio para essas famílias se estabeleceu em R$ 377,42.
O programa social, que desde o início do ano voltou a ser denominado Bolsa Família, assegurou o valor mínimo de R$ 600 após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, permitindo a alocação de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões são destinados à cobertura do benefício.
O adicional de R$ 150, implementado a partir de março, foi resultado de uma revisão minuciosa do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com a finalidade de eliminar irregularidades. Segundo relatórios recentes, cerca de 3 milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram seus benefícios cortados.
O calendário tradicional do Bolsa Família contempla os últimos dez dias úteis de cada mês para o pagamento do benefício. Para consultar detalhes sobre as datas de pagamento, valores e composição das parcelas, os beneficiários podem recorrer ao aplicativo Caixa Tem, utilizado para o acompanhamento das contas poupança digitais do banco.
Adicionalmente, o Auxílio Gás também será distribuído hoje às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com NIS finalizando em 3. O valor foi ajustado para R$ 108, em decorrência das recentes reduções no preço do botijão. Projetado até o final de 2026, o programa auxilia 5,63 milhões de famílias este mês, garantindo que o benefício corresponda a 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o fim do ano.
Apenas os indivíduos inscritos no CadÚnico e que tenham pelo menos um membro da família recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm direito ao Auxílio Gás. Conforme definido pela legislação que instituiu o programa, a mulher responsável pelo grupo familiar e mulheres vítimas de violência doméstica são priorizadas para receber o benefício.