Na manhã desta quinta-feira (6), a Polícia Federal deu início à Operação Upgrade, que visa desmantelar uma organização criminosa envolvida na obtenção ilegal de dados pessoais de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, que recebeu esse nome em referência ao aprimoramento das investigações anteriores, conta com a mobilização de mais de 100 agentes federais e abrange os estados de São Paulo, Ceará, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
A operação é um desdobramento das anteriores Operações Chupa-Cabra 1 e 2 e Backup, que ocorreram em Teresina, no Piauí, e em São Paulo. Durante a investigação, foram encontrados dispositivos clandestinos, conhecidos como chupa-cabra, instalados em duas agências do INSS na capital piauiense. Esses dispositivos tinham como objetivo roubar os dados pessoais dos segurados.
A descoberta dos equipamentos levou os policiais até uma empresa de fachada, sediada em São Paulo, utilizada como base para a prática dos crimes. Os criminosos cessavam os benefícios dos segurados e desviavam os recursos retrativos para contas distintas das dos beneficiários.
Além disso, foram identificados vazamentos de senhas de servidores e invasões no sistema do INSS em outros estados, indicando a amplitude das atividades ilícitas da organização criminosa.
Segundo o INSS, estima-se que esses crimes possam ter causado danos milionários ao Tesouro Nacional. Os acusados enfrentarão acusações de organização criminosa, furto eletrônico, invasão de dispositivo informático e lavagem de bens e valores. Caso condenados por todas as acusações, poderão enfrentar penas de até 30 anos de prisão.