O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso de morte por Chikungunya. O óbito ocorreu em Tupã, cidade localizada a 435,9 km da capital. De acordo com a Secretaria de Saúde municipal, a vítima foi um homem de 60 anos que apresentava comorbidades, incluindo diabetes.
A prefeitura de Tupã informou que o paciente começou a sentir os sintomas característicos da doença, como febre alta e dores intensas nas articulações, no dia 1º de janeiro. Ele foi internado em 3 de janeiro e veio a óbito no dia 11 do mesmo mês.
Segundo o painel de arboviroses da Secretaria de Saúde de São Paulo, o município de Tupã já registrou 1.283 casos prováveis de Chikungunya, dos quais 613 foram confirmados e outros 670 estão sob análise. Em todo o estado, os números também são preocupantes: 3.523 casos prováveis, 1.064 confirmações e 2.549 registros ainda em investigação. Além do óbito em Tupã, outras quatro mortes estão sob análise.
A Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. Os sintomas incluem febre alta, dores articulares intensas, fadiga e manchas vermelhas na pele.
Aumento dos casos de Dengue preocupa
Além da Chikungunya, o estado de São Paulo também enfrenta um crescimento expressivo nos casos de dengue. Nesta segunda-feira (12), a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, confirmou a morte de uma menina de 11 anos pela doença. A criança residia no bairro de Hermelino Matarazzo, na zona leste da capital.
Até o momento, já foram registrados 2.851 casos de dengue na cidade de São Paulo. Com o avanço da doença, a prefeitura intensificou as ações de busca ativa para a aplicação da segunda dose da vacina, uma vez que muitas pessoas receberam apenas a primeira dose.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já acumula 269.919 casos prováveis de dengue em 2024. O país também registra 303 óbitos em investigação e 85 mortes confirmadas. Em relação à Chikungunya, são 19.605 casos prováveis, com 12 mortes em análise e 11 óbitos confirmados.
Prevenção e combate ao mosquito
Autoridades de saúde reforçam a importância de eliminar focos do Aedes aegypti para conter o avanço das doenças. A principal medida de prevenção é evitar o acúmulo de água parada em recipientes, onde o mosquito se reproduz. A população também é orientada a usar repelentes, instalar telas em janelas e manter caixas d’água devidamente tampadas.
A vacina contra a dengue continua sendo aplicada nas redes públicas de saúde em diversos municípios.