O estado do Ceará desponta como protagonista na implementação do programa Brasil Saudável, uma iniciativa revolucionária do governo federal em parceria com diversos ministérios. Lançado nesta quarta-feira (7), o programa tem como objetivo eliminar ou reduzir como problemas de saúde pública 14 doenças que atingem com maior intensidade as populações em situação de vulnerabilidade social.
Coordenado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS), o Brasil Saudável é uma resposta contundente às demandas de saúde pública no país. Sob a liderança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, o programa foi oficialmente lançado durante a visita do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, ao Brasil.
O CIEDDS identificou 175 cidades prioritárias, incluindo municípios cearenses como Caucaia, Maracanaú, Sobral e Fortaleza, devido às altas cargas de duas ou mais doenças socialmente determinadas. Esses locais são fundamentais na pauta de eliminação das doenças como problema de saúde pública.
Entre as doenças alvo do programa estão a malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical como sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV. Também serão priorizadas as metas da OMS para tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/aids.
O Brasil Saudável surge como resultado do compromisso do governo brasileiro em enfrentar as doenças perpetuadas pelos ciclos da pobreza, fome e desigualdades sociais. Desde a criação do CIEDDS em abril de 2023, o governo tem reforçado seu compromisso com a eliminação dessas doenças, reconhecendo que o acesso ao tratamento em saúde não é suficiente para atingir essas metas. É necessário implementar políticas públicas intersetoriais voltadas para a equidade em saúde e redução das iniquidades.
O programa envolve uma ação coordenada entre o Ministério da Saúde e outros 13 ministérios do governo federal, com foco no combate à fome e à pobreza, ampliação dos direitos humanos, qualificação de trabalhadores e sociedade civil, incentivo à inovação científica, além de ações de infraestrutura e saneamento básico. A expectativa é que essas medidas reduzam o risco de adoecimento nos grupos mais vulneráveis e melhorem os resultados dos tratamentos de forma mais acessível e eficaz.
Além disso, o programa prevê parcerias com movimentos sociais e organizações da sociedade civil para potencializar a implementação das ações nos municípios prioritários. Uma página especial no portal do Ministério da Saúde fornecerá todos os detalhes do programa, consolidando esforços para transformar o Brasil em um exemplo internacional no combate às doenças determinadas socialmente.