Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, completará um ano desde os atos de invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) por vândalos e golpistas inconformados com a vitória do então presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento mais significativo para marcar essa data ocorrerá no Congresso Nacional, em Brasília, às 15h, com a presença de diversas autoridades, incluindo o presidente Lula, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além do presidente do STF.
Proposto pelo próprio presidente da República, o evento intitulado “Democracia Inabalada” busca reafirmar a importância do regime democrático, celebrando a superação dos atos inaceitáveis de janeiro do ano anterior. O ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, destacou a ocasião como um “momento de festa para celebrar a democracia revigorada”.
No Congresso Nacional, a solenidade espera reunir cerca de 500 convidados e será marcada pela reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988, ambas vandalizadas durante os acontecimentos do último ano.
Entidades, movimentos sociais e partidos políticos em diversas cidades do país também realizarão atos em repúdio à tentativa de golpe do ano anterior. A CUT e outros movimentos convocaram manifestações para “marcar um ano da tentativa de golpe imposta por aliados do ex-presidente [Jair Bolsonaro], derrotado nas urnas em 2022”.
Em Brasília, as primeiras manifestações ocorreram no domingo (7), aproveitando o fechamento da rodovia DF-002 (Eixão) para promover o chamado Ato em Defesa da Democracia. A antecipação do evento visava não concorrer com o ato oficial no Congresso Nacional.
Além das manifestações na capital federal, estão programados atos em diversas capitais, como Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. As mobilizações contarão com a participação de entidades e movimentos populares, reafirmando o compromisso com a democracia e repudiando qualquer tentativa de fragilização das instituições democráticas do país.