Nesta quinta-feira (10), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez declarações contundentes a respeito da morte de inocentes por policiais durante uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro. Em um discurso proferido na zona oeste da cidade, Lula enfatizou que os moradores das periferias merecem respeito e que não podem ser confundidos com criminosos.
“A população da periferia precisa ser tratada com respeito para que nunca mais aconteça uma tragédia como a que vimos, onde um jovem inocente perdeu a vida pelas mãos de um policial despreparado”, afirmou o presidente. Referindo-se ao recente caso do adolescente Thiago Menezes, de apenas 13 anos, que foi morto durante uma operação policial na Cidade de Deus, Lula destacou a gravidade da situação e a urgência de se adotar medidas eficazes para evitar tais tragédias.
Lula foi além ao abordar a questão da responsabilidade dos agentes de segurança pública. “Não podemos simplesmente culpar a polícia, mas é preciso ressaltar que um indivíduo que atira em um jovem indefeso e já caído revela irresponsabilidade e falta de preparo psicológico para exercer a função policial”, destacou o presidente. Ele enfatizou a necessidade de um treinamento adequado e de um acompanhamento psicológico contínuo para os policiais, a fim de assegurar que estejam aptos a lidar com as complexidades e desafios de sua profissão.
Lula também reforçou a importância da parceria entre os governadores e o governo federal para criar um ambiente propício ao efetivo combate ao crime. “A polícia precisa ser eficaz no combate ao crime, mas, ao mesmo tempo, deve ser capaz de distinguir entre um criminoso e um cidadão comum que vive nas comunidades”, ressaltou o presidente. Durante o evento, Lula estava acompanhado do governador fluminense Cláudio Castro, demonstrando a necessidade de uma atuação conjunta para enfrentar os desafios da segurança pública no estado.
Além do discurso presencial, o presidente também se manifestou nas redes sociais, mencionando o caso de Thiago Menezes em sua conta no X, plataforma que antes era conhecida como Twitter. Suas palavras ecoaram a importância do debate sobre a segurança pública e a busca por uma abordagem mais justa e humanitária por parte das forças policiais.